Você pode não perceber, mas o setor químico faz parte do seu dia a dia. As indústrias químicas, farmacêuticas, de colchões e de material plástico, além de produtos isolantes, nos cercam. E, com a pandemia do novo coronavírus, tornou-se ainda mais importante. Quem não correu aos supermercados e às farmácias para adquirir álcool em gel e antisépticos, por exemplo? Houve o que chamamos de boom econômico (para a produção de alguns itens).
“O setor químico foi determinado como essencial, principalmente, com cosméticos, sabonetes e antisépticos. Outros setores, como o de plásticos, ficaram parados, só vendendo o estoque que tinha”, avaliou o presidente do Sindiquímica-Ceará, Marcos Soares.
De acordo com Soares, apesar de alguns mercados terem se deparado com a falta de insumos, como o setor de caixas e embalagens plásticas, tendo a indústria local se abastecido de outras do Norte e Nordeste, “já sentimos que vários setores começaram a retomar, como o de químicas, que foi afetado mais aqui [no Ceará] porque houve paralisação da construção civil” — principalmente porque o parque fabril de tintas tem protagonismo no Estado.
Soares afirma que algumas medidas foram tomadas para manter a economia estável: funções de áreas administrativas migraram para o sistema de trabalho home office e a linha de produção se adaptou às indicações dos protocolos de biossegurança, divulgados pelo governo estadual, “a fim de evitar contaminação dos colaboradores”.
Expo Ceará Química
Como uma das medidas para impulsionar o setor após o pico da pandemia, o Sindiquímica, associado à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), em parceria com o Instituto Orbitar, realizou de forma online a terceira edição do Expo Química. “Focado na qualificação do industrial, da mão de obra das indústrias de higiene pessoal, cosméticos e sanitizantes. Por conta do decreto, estamos fazendo com ele online”, afirmou o presidente do Sindicato. “Estamos qualificando ainda mais as indústrias para que ela tenha uma força no Norte e Nordeste”, continuou.
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O evento segue até quinta-feira, 15, e tem parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) e com a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (Abipla).
Na abertura da exposição, o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, ressaltou a importância da indústria no enfrentamento ao período pandêmico. ““Estamos passando por um ano muito difícil. A indústria, como um todo, e o setor químico, em especial, foram fundamentais no enfrentamento da pandemia. Conseguimos unir todos os empresários do setor com o governo para mostrar a capacidade de trabalho que as nossas indústrias têm e isso, para a gente, foi muito importante”, disse ao portal da Federação.
O presidente da Abihpec, João Carlos Basílio, também enfatizou no início do evento os rumos que o setor tomou após a pandemia, e fez uma comparação com o momento que precede o avanço do vírus. “No passado, éramos vistos como indústria de supérfluos. No início da pandemia, fomos considerados serviço essencial. Então, isso mudou. Nossas fábricas não pararam. Toda a cadeia se viu voltada à essencialidade dos nossos produtos. Tivemos o desafio do álcool em gel. Antes da pandemia, essa produção representava 0,5% do faturamento do setor. Faltou matéria-prima, embalagem e houve a necessidade de agilizar o processo. Mas, em menos de 50 dias, o mercado brasileiro estava abastecido com álcool em gel”.
Veja a programação:
14/10
Tema: Hub de Empreendedorismo e Inovação – IEL/CE. Apresentação de quatro Startups com soluções para indústria. Rodada com empresários
Os desafios da implantação do Polo Químico de Guaiúba. Flávio Barros, Diretor Técnico e Comercial da Cegás
15/10
Tema: Modernização do Modelo Regulatório do Inmetro
Painelista: Marcos Aurélio Lima de Oliveira – Gerente de Projetos do Inmetro
Mediadores: Marcos Soares – Presidente do Sindquímica e Presidente do Centro Industrial do Ceará / Neto Medeiros – Assessor Jurídico e Executivo do Sindquímica