O Ceará está entre os 10 estados com os melhores índices no que tange à eficiência, transparência e equilíbrio das instituições, segundo o Índice de Inovação dos Estados produzido pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e lançado neste outubro. Ocupando o 2° lugar no Nordeste, ficando atrás somente do Piauí, e 6° […]

Índice de Inovação dos Estados aponta que Ceará tem espaço para crescimento

Por: Redação | Em:
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O Ceará está entre os 10 estados com os melhores índices no que tange à eficiência, transparência e equilíbrio das instituições, segundo o Índice de Inovação dos Estados produzido pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e lançado neste outubro. Ocupando o 2° lugar no Nordeste, ficando atrás somente do Piauí, e 6° lugar no Brasil, o Ceará teve destaque nos quesitos avaliados para a construção do ranking: agilidade jurídica, transparência e saúde fiscal das contas públicas.

De acordo com a Fiec, as instituições são definidas em duas categorias, as formais (regras, leis e governança pública) e as informais (normas de comportamento, convenções e governança privada), sendo ambas determinantes para diversos aspectos econômicos. E são, ainda, essenciais na construção de um estado inovador. Como é destacado na introdução do documento, “a Inovação é tema recorrente na literatura econômica, seja nos relatórios do Banco Mundial, Fórum Econômico Mundial ou Nações Unidas. Já se tornou um dos pilares de qualquer discussão sobre desenvolvimento”.


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O governador Camilo Santana (PT) já havia citado o “forte” rigor fiscal para aumentar a capacidade de investimentos no Ceará. Em entrevista à TrendsCE, Santana afirmou que “há pelo menos 4 anos [o Estado] está no topo dos rankings de transparência pública e de investimentos em relação à receita corrente líquida no Brasil”.

Mas Instituições é somente uma dentre tantas categorias avaliadas pelo Índice — e que podem ser melhoradas. Inserção de Mestres e Doutores na Indústria, Qualidade da Pós-Graduação, Investimento Público Ciência e Tecnologia e Qualidade da Graduação colocam o Ceará em 11° lugar no ranqueamento em relação à Capacidade dos estados.

Já Produção Científica, Intensidade Tecnológica da Estrutura Produtiva, Infraestrutura de Inovação, Propriedade Intelectual e Competitividade Global em Setores Tecnológicos inserem o Ceará em 13º no que diz respeito a Resultados.

“O Ceará ocupa o 13º lugar atualmente, mesma colocação quando comparamos com os mesmos parâmetros para o ano anterior. É o 3º entre os estados nordestinos, ficando aquém apenas de Pernambuco (11º) e da Paraíba (12º). Nas Capacidades, o Ceará encontra-se em 11º, enquanto nos Resultados figura em 13º. Essa discrepância demonstra uma aptidão ociosa – isto é, uma capacidade maior que seu real desempenho – e que poderia estar sendo melhor aproveitada para a efetividade de inovação”, ressalta a Fiec no estudo.

A pesquisadora Eduarda Mendonça, do Observatório da Indústria do Sistema Fiec, apresenta três pilares que poderiam contribuir para que o produto do Estado acompanhe sua capacidade.

“Em termos de capacidade, uma das coisas que podem ser aperfeiçoadas é em relação ao capital humano em nível de graduação. Esse indicador reflete, basicamente, a quantidade de pessoas formadas em cursos tecnológicos e a qualidade desses cursos”.

Eduarda Mendonça, pesquisadora do Observatório da Indústria do Sistema Fiec

A segunda sugestão, ela aponta, seria aumentar a quantidade de propriedade intelectual, no que se refere aos resultados alcançados pelo Ceará. “Isto é, aumentar o registro de patentes”. Outro ponto que precisa ser otimizado, de acordo com a pesquisadora, é a diversificação da pauta exportadora tecnológica do Estado. “Ainda é muito concentrada em produtos específicos. A pauta exportadora tecnológica é o indicador de competitividade global. É sobre a diversificação dessa pauta e sua participação em relação ao total”.

O Índice de Inovação dos Estados está em sua segunda edição — a primeira foi em 2018. “A ideia é lançá-lo todos os anos para sempre estarmos mapeando esses elementos que elencamos como principais, justamente para os estados saberem como eles estão em comparação com os outros, quais são seus gargalos”, ressaltou Mendonça.

‘Soluções do Ceará tem de vir do conhecimento’, diz Maia Júnior

O secretário do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho do Ceará (Sedet), Maia Júnior, afirma que, desde sua atuação na Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag), onde permaneceu entre 2017 e 2018, vem mostrando a importância do redirecionamento do Estado para questões de inovação, ciência e tecnologia.

“Fizemos várias intervenções, desde aumentar o gasto com ciência e tecnologia a mostrar às universidades uma redefinição da importância delas para o desenvolvimento econômico, para uma tríade de esforço que uniria governo, empresas privadas e academia para dar ao Ceará um patamar melhor. As soluções do Ceará tem de vir do conhecimento”.

Maia Júnior, secretário do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho do Ceará

O titular da Sedet ressalta, porém, a necessidade de se repensar um melhor aproveitamento do potencial existente no Ceará. “Não é fácil montar uma rede de universidades e de estrutura de formação como o Ceará montou nos últimos anos. Isto é um predicado do que nós temos hoje para o futuro. Se a gente quer ter empresas competitivas, com inserção global, que consigam exportar sua produção, a gente tem de repensar e aderir a essa ação de transformação através de uma economia do conhecimento”.

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