A fim de mitigar os efeitos da pandemia sobre a economia cearense, o Governo do Ceará vem investindo recursos em uma série de iniciativas. Já são mais de R$ 1 bilhão investidos e mais de três milhões de cearenses beneficiados com as ações do governo.
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Iniciativas nas áreas social e de educação e a publicação de editais para eventos virtuais corporativos e projetos culturais, assim como apoio ao setor de eventos e alimentação fora do lar estão entre as ações do Governo do Ceará devido à pandemia do coronavírus. Revelando um trabalho no combate à Covid-19 que vai além da criação de leitos em hospitais.
No que diz respeito ao auxílio social, cerca de 2,5 milhões de cearenses foram beneficiados com o pagamento de suas contas de luz e água, vale-gás, ampliação do Cartão Mais Infância e auxílio-catador.
Já na área de educação, mais de 400 mil jovens do Estado foram contemplados com kits alimentação, aquisição de tablets e chips de internet e com o programa Agente Jovem Ambiental. O investimento total foi de R$ 200 milhões em medidas de apoio aos estudantes.
Ao passo que as empresas e profissionais do setor de eventos e alimentação fora do lar, que abrange muitos negócios no Ceará, foram beneficiados com auxílio financeiro de R$ 1.000, parcelamento do ICMS, isenção do pagamento dos equipamentos do Estado e isenção de IPVA. Já os profissionais autônomos e os trabalhadores do transporte público tiveram auxílio cesta básica a fim de amenizar a situação de categorias como motoristas de táxi e de aplicativos, ambulantes, feirantes, despachantes e guias de turismo.
Outra ação que merece grande destaque é o programa de crédito produtivo Ceará Credi, cujo objetivo é fomentar o microempreendedorismo em todo seu território. Criado em abril deste ano, o programa destinará R$ 100 milhões que serão empregados em sua primeira fase. A meta inicial é atender 36 mil microempreendedores e trabalhadores do Estado com financiamentos que variam de R$ 500,00 a R$ 5.000,00.
Segundo a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), ligada à Secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), o programa recebeu mais de 30 mil cadastros até o momento, os quais serão analisados para aprovação. O próximo passo é essas pessoas passarem pelo processo de análise de crédito junto aos analistas que estão distribuídos em 45 postos de atendimento em todo o Ceará.
Embora o programa tenha pouco tempo de operação, há uma demanda atual e potencial muito grande, tanto que há busca por investidores. Dessa forma, o Governo do Ceará já está prospectando investidores, principalmente aqueles com interesse em ações de impacto social, dado que o Ceará Credi tem um forte componente de inclusão produtiva e financeira. Nesse sentido, a meta é que captar junto aos investidores mais R$ 80 milhões para 2022, com vistas ao crescimento e à expansão da carteira de crédito do programa.
Segundo a diretoria de Economia Popular e Solidária da Adece, a tecnologia a ser utilizada na implantação do Ceará Credi é um dos diferenciais do programa, que pretende “bancarizar” os beneficiados com a criação de contas digitais. A modelagem está atrelada a um aplicativo de meios de pagamento totalmente digital, que permite a inclusão bancária desses empreendedores. A ideia é fazer com que o capital chegue na base dos empreendedores e que o dinheiro circule no próprio município dessas pessoas.
Outro diferencial do programa é a oferta de capacitação empreendedora e de educação financeira para os inscritos por meio de uma plataforma digital. São pequenos cursos modulados, com vídeos de fácil linguagem, permitindo uma melhor organização e planejamento dos negócios e das finanças, com o objetivo de potencializar ainda mais o impacto da concessão de crédito.
E o Ceará Credi inova ao conceder um bônus de adimplência de 10% sobre as parcelas pagas em dia, que é depositado em um conta poupança digital, a qual o empreendedor só vai ter acesso após o vencimento da operação (contrato). Isso faz com que além da educação financeira, haja o estímulo à poupança da família.
Já os empréstimos não contarão com juros no ano de 2021 e microempreendedores (formais e informais), trabalhadores autônomos dos diversos segmentos de produção, artesanato, comércio e serviços, inclusive empreendedorismo social e cultural, podem pleitear o crédito. Estão inclusos ainda agricultores familiares que desenvolvam negócios não agrícolas no meio rural, como o beneficiamento da produção.
De acordo com a Adece, a maior demanda por recursos por meio do Ceará Credi tem sido, até agora, dos setores de comércio e serviços, com destaque para crédito para obtenção de capital de giro e investimentos. Sendo que 20% das pessoas cadastradas são para abrir novos negócios e 80% para fomentar negócios já existentes.