A posição geográfica privilegiada e a abundância de sol e vento são condições naturais para a exploração das atividades ligadas a essa modalidade de turismo na capital do Ceará. (Foto: Freepik)

Turismo náutico é nova aposta para o desenvolvimento econômico de Fortaleza

Por: Anchieta Dantas Jr. | Em:
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Com quase 30 km de extensão, a orla de Fortaleza, que vai da Barra do Ceará à Sabiaguaba, é a nova aposta da administração municipal como estratégia para o desenvolvimento econômico e social da cidade. Com foco em promover o turismo náutico, grupo liderado pelo vice-prefeito, Élcio Batista, reunindo a secretarias de Turismo, de Desenvolvimento Econômico, de Infraestrutura, dos Esportes, entre outras, trabalham nessa perspectiva. A posição geográfica privilegiada e a abundância de sol e vento são condições naturais para a exploração das atividades ligadas a essa modalidade de turismo na capital do Ceará.


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“Fortaleza é bastante propícia para todos os esportes e atividades ligadas ao mar. Nessa perspectiva, há todo um planejamento para o desenvolvimento da economia do mar na cidade dentro do Plano Fortaleza 2040, um planejamento para a cidade com estratégias voltadas para o urbanismo, a mobilidade e o desenvolvimento econômico e social a serem implementadas no curto, médio e longo prazo, tendo como horizonte o ano 2040”

Élcio Batista, vice-prefeito de Fortaleza

Esportes potencializam o turismo náutico

Na sua avaliação, esportes como o surfe, a natação no mar, o stand up paddle, o mergulho, mais recentemente o kitesurfe, e ainda os passeios de escuna já são comuns na costa de Fortaleza. Entretanto, estas, e outras atividades que podem vir a ser implementadas, precisam estar ordenadas dentro desse plano para que o turismo náutico se desenvolva e se reverta positivamente em prol da cidade. 

“É preciso um trabalho articulado, porque ao dinamizar esse tipo de turismo estamos falando na atração de novos investimentos e na geração de mais empregos e renda para Fortaleza, beneficiando, principalmente, o setor de serviços. Dessa forma, precisamos aproveitar as condições geográficas naturais e de clima a favor da nossa economia, a fim de que o turismo náutico possa fazer parte do PIB (Produto Interno Bruto) de Fortaleza até 2040”, afirma.

Cruzeiros marítimos

Conforme o vice-prefeito, não se pode esquecer, ainda, o potencial do terminal de passageiros do Porto do Mucuripe, capaz de atrair as operadoras e consolidar a capital cearense como rota na temporada de cruzeiros marítimos que acontece anualmente. “Nós temos um porto turístico com excelente infraestrutura e bastante atrativo geograficamente. Tanto para quem vem do norte como do sul, vindo ou indo em direção ao Caribe”, destaca. 

De acordo Batista, existe um projeto de concessão do terminal de passageiros nos mesmo moldes do que foi implementado no Aeroporto de Fortaleza, a cargo do Governo Federal, o que deve dar auxiliar no direcionamento dessa estratégia.

Ações em curso

Segundo o secretário municipal de Turismo, Alexandre Pereira, a pasta já vem trabalhando em três frentes a fim de articular e desenvolver o turismo náutico em Fortaleza. A primeira delas, explica, foi a conclusão de todo o mapeamento da sua orla.

“Ao concluir esse trabalho, nós constatamos que Fortaleza tem todos os esportes náuticos existentes no mundo. A diferença é que no Brasil, nenhuma outra capital reúne as condições naturais que nós reunimos. Para se ter uma ideia, é possível velejar em todo o litoral da cidade. Então, essa é uma descoberta excelente e estamos transformando isso em um produto turístico para que as pessoas venham e possam ficar aqui durante, no mínimo, uma semana, a fim de ter todas as experiências náuticas que podemos proporcionar, aliadas a outras experiências, como gastronômicas e culturais”

Alexandre Pereira, secretário municipal de Turismo

Nesse ponto, emenda o secretário, é que entra a segunda frente de trabalho, que é a formatação dos esportes e demais atividades náuticas como um produto turístico da cidade. “Ou seja, é criar esse produto para que se possa divulgar nas feiras e eventos de turismo e vender para as operadoras”, explica Pereira.

Já a terceira frente de trabalho para desenvolver o turismo náutico na capital cearense, destaca o titular da Secretária de Turismo de Fortaleza, é tornar a cidade mais atrativa para o kitesurfe, modalidade esportiva que já é uma marca registrada do estado, mas que, até então, se restringia a outros municípios do litoral.

“Hoje, em Fortaleza, nós temos dois pontos propícios para a prática do Kitesurfe: a Barra do Ceará e a Praia do Futuro. Esses locais englobam duas modalidades, a que chamamos de flat, sem ondas, na Barra do Ceará, e a mais radical, presente na Praia do Futuro, devido à grande quantidade de ondas. Então, isso é perfeito para atrair todos os públicos desses esporte”, justifica.

Conforme disse, a secretaria mapeou que existem cinco escolas de kitesurfe na Barra do Ceará e outras duas na Praia do Futuro. “O que pode nos ajudar a dar dinâmica para o esporte nesses dois pontos de Fortaleza. Mas isso também vai envolver capacitação e ordenamento”, relata Pereira.

Passeios de Escuna e Mergulho

A fim de ordenar e dar mais estrutura para os passeios de escuna que já acontecem na orla da cidade, Alexandre Pereira, destaca que um píer deverá ser construído no espigão existente em frente ao Náutico, na avenida Beira-Mar. “A expectativa é de que com a concessão do espigão, a empresa que assumir o espaço construa uma extensão de madeira para a atracação das escunas, facilitando o embarque e desembarque dos turistas”, explica.

Ao mesmo tempo, o secretário de Turismo lembrou ainda da atividade de mergulho no litoral de Fortaleza, que já possui alguns pontos, no entanto, pouco ou inexplorados turisticamente falando. 

De acordo com ele, será por meio da inclusão de Fortaleza no Programa Nacional de Recifes Artificiais, da Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo), que a Secretaria de Turismo pretende alavancar a prática. “Isto reforçará ainda mais a vocação da cidade para o turismo náutico, que inclui o turismo de mergulho”, fala.

Esse programa prevê o afundamento de grandes equipamentos para que eles se tornem locais de acúmulo de peixes e virem santuários marinhos, atraindo pessoas interessadas em mergulhar. Tais equipamentos podem ser, por exemplo, tanques de guerra, uma draga em desuso, um barco abandonado ou um vagão de trem. Porém, obedecendo os critérios legais e observando ainda a questão ambiental, com todas as autorizações necessárias.

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