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Passaporte da vacina: viagens retornam e Fortaleza aguarda 500 mil turistas nas férias

Airplane Aircraft Travel Trip

O mês de dezembro foi marcado pelo aparecimento da variante Ômicron. Porém, mesmo assim o Brasil avança no controle da pandemia. Com mais pessoas imunizadas e a exigência do passaporte da vacina, pode-se finalmente pensar em novas viagens. Não é à toa que uma pesquisa da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) revela que a procura vem crescendo mais de 50% nos últimos dois meses. E o Ceará, principalmente Fortaleza, está entre os destinos mais buscados para a temporada de férias no Brasil. Segundo projeção da Secretaria Municipal do Turismo (Setfor), 500 mil turistas são esperados nessa alta temporada.


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Nesse sentido, autoridades e representantes do trade turístico reforçam as medidas de segurança sanitária. Ao mesmo tempo, orientam que os viajantes devem se adaptar às regras para que não haja retrocessos, as projeções se confirmem e, gradativamente, a atividade turística garanta a retomada a níveis pré-pandemia.

É para o que chama a atenção o governador do Ceará, Camilo Santana. Conforme disse, para entrar na maioria dos países é exigido a apresentação do comprovante de vacinação. “Isso é o mínimo. Isso é segurança para moradores e turistas. Nós queremos muito que o turista venha ao Ceará. Mas queremos que ele venha com segurança para ele e para a população cearense. Isso é uma recomendação da Anvisa, que determinou que qualquer um que entre no Brasil, tanto via portos como aeroportos, seja obrigado a apresentar o passaporte da vacina. Isto porque, nesse momento, todas as medidas de precaução são necessárias para que não haja retrocesso, o que seria muito ruim para as pessoas e para a nossa economia“, reforça.

Assim como Santana, o secretário do Turismo de Fortaleza, Alexandre Pereira, também defende a exigência do comprovante sanitário, ao passo que garante que a capital do Ceará está preparada para receber os visitantes. “Estamos tendo muito cuidado com a apresentação do passaporte da vacina, que é extremamente importante, nos bares e restaurantes, assim como na rede hoteleira e, principalmente, na chegada dos viajantes. Então, quem quiser pode vir a Fortaleza, pois nós temos um turismo seguro e uma cidade maravilhosa e preparada para receber os turistas”, afirma.

Alinhado com os gestores públicos, o presidente da Abav no Ceará, Murilo Santa Cruz, também defende a exigência do passaporte da vacina “para uma retomada consciente e sustentável do turismo”. “Não podemos brincar com algo sério. Ainda estamos em uma pandemia e é preciso tomar essa e outras medidas para que não haja retrocesso. A última coisa que se quer, agora, é um novo lockdown”, argumenta.

Expectativa para a alta temporada com o passaporte da vacina

De acordo com Alexandre Pereira, com todas as medidas de segurança sanitárias tomadas, Fortaleza chega ao fim de 2021 com uma grande expectativa para o turismo nesta alta estação. “Esperamos 500 mil turistas, com a estimativa de injeção de R$ 1,5 bilhão na economia da cidade, na medida em que cada turista gasta, em média, R$ 3 mil durante uma permanência de cinco dias”, expõe.

Os números, explica a Setfor, são uma estimativa do Observatório do Turismo de Fortaleza, ligado à Secretaria, e levam em conta a movimentação aeroportuária prevista pela Fraport – concessionária administrativa do Aeroporto Internacional de Fortaleza – e a movimentação rodoviária, informada pela Sosicam, empresa que administra o terminal rodoviário da capital.

Todas essas projeções são importantes, reforça a Secretaria, pois, na prática, essa entrada de recursos financeiros em Fortaleza movimenta mais de 50 segmentos da economia, trazendo força para um setor muito impactado pela pandemia. “Costumo dizer que o dinheiro do turismo é um dinheiro novo que entra na cidade e é distribuído nos mais diversos segmentos, impactando desde o pipoqueiro ao hoteleiro, passando pelos taxistas, garçons, proprietários de bares, entre muitos outros. Esse retorno do turista é uma grande injeção de ânimo para o setor”, avalia Pereira.

Esse otimismo, adianta o titular da Setfor, também se mantém para 2022. “Estamos muito otimistas quanto ao turismo em Fortaleza em 2022. Nossa expectativa é a melhor possível, porque existem cerca de 18 milhões de brasileiros que gastam o seu dinheiro viajando para o exterior e eles provavelmente, no ano que vem, viajarão para dentro do Brasil”, justifica, tendo em vista as restrições de circulação impostas pela pandemia que voltaram a ocorrer lá fora.

Retomada do turismo no Ceará

Segundo o secretário do Turismo do Ceará, Arialdo Pinho, este ano, com a retomada, o turismo no Estado cresceu significativamente. Dados da Secretaria Estadual de Turismo revelam que, no período 2020/21, o fluxo turístico para o Ceará saltou de 1,6 para 1,9 milhão de visitantes, o que representa uma variação de 18,8%. Como resultado, a renda gerada pelo turismo no período foi de R$ 12,3 bilhões – um crescimento de 33,4% se comparado a 2020.

Considerando igual base de comparação, a demanda hoteleira de Fortaleza passou de 983 mil para 1,3 milhão de hóspedes, registrando uma variação de 14,6%.  Nesse intervalo de tempo, A oferta da rede hoteleira do Ceará, medida pela capacidade instalada em termos de Uhs (unidades habitacionais), aumentou de 42.394 para 43.937, verificando-se uma variação de 3,6%.

Esses aumentos, justifica Pinho, devem-se ao retorno a cada mês da malha aérea em Fortaleza. “Além disso, estamos ampliando a malha aérea para os aeroportos de Juazeiro do Norte e Jericoacoara, interligando para mercados como Rio de Janeiro e Distrito Federal”, fala.

Já no que diz respeito à malha aérea internacional, ele lembra que a TAP, por exemplo, já está operando com seis frequências semanais para Lisboa, assim como a Air France está com três frequências semanais para Paris. “A Air France já está voltando com a mesma quantidade que tinha anteriormente e a KLM deve retornar em breve”, adianta.

Estimativa preliminar sobre o fechamento da movimentação de passageiros via aérea no Ceará no acumulado de 2021 até dezembro apontam para aproximadamente 4,3 milhões de pessoas, considerando todos os aeroportos do Estado. O volume representa um acréscimo de 23% ante o ano passado. Ao todo foram 52.062 pousos e decolagens, entre voos nacionais e internacionais, o que equivale a uma variação de 25% no confronto com 2020.

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