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Gestão de pessoas: como a abordagem correta auxilia nos resultados da empresa

Group of ecstatic business partners looking at camera with raised arms

Tão importante como conduzir a empresa, fazer a gestão de pessoas de forma adequada é capaz de trazer excelentes resultados. Afinal, afirmam os especialistas, o principal ativo de uma organização é quem nela trabalha, sendo este responsável pelo seu desenvolvimento e competitividade no mercado.


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Além do que, vale lembrar que a importância da gestão de pessoas vai além do espaço organizacional. Isto porque esse processo envolve não somente o cotidiano no trabalho, mas também com o que acontece fora dele, pois permite elevar a qualidade de vida dos colaboradores e motivá-los na condução das suas tarefas, colhendo melhores resultados. Para além do fato de que também pode impactar na satisfação e na felicidade em diversos contextos.

Não é à toa que estes e outros diferenciais são bastante enaltecidos por empresários e gestores de pessoal nos mais variados tipos de negócios, beneficiando não só a própria empresa, mas colocando-a um passo à frente da concorrência.

“Seguramente a boa gestão de pessoas é um diferencial que pode, inclusive, colocar empresas de pequeno porte em pé de competição com empresas de grande porte. Uma empresa muito grande tem mais dificuldade de irradiar os objetivos estratégicos para a base. Além disso, todos estamos cientes dos impactos negativos na produtividade provenientes da alta rotatividade e da síndrome de burnout. Então, pensando no tripé: pessoas, processos e tecnologia, a primeira ganha destaque, afinal não há a gestão de processos e o manuseio da tecnologia sem as pessoas”, aponta Carlos Márcio Campos Lima, project delivery manager – vmware da IT One e Board Member da Trends CE.

Pontos chave para uma boa gestão de pessoas

Na sua avaliação, primeiramente, a confiança, certamente, é o principal fator na relação entre as pessoas e a empresa. “É com confiança que se estabelece uma relação de convívio duradoura e segura. Se você confia, pode falar exatamente o que está acontecendo; consegue reduzir eventuais níveis de tensão e ainda consegue a colaboração”, explica.

Em seguida, emenda Campos, vem a empatia. “O que se discute hoje em dia é se o modelo top down (de cima para baixo, na tradução livre) ainda faz sentido dentro da organização, em detrimento do modelo em rede. Nos últimos tempos, o autogerenciamento e a autonomia tão preconizados, deram ênfase à figura do líder servidor, que atua fortemente na remoção de obstáculos e na geração de um ambiente saudável de trabalho. Por isso, a empatia ganhou tanta força. Afinal como liderar se você não entende os problemas da equipe de trabalho?”, questiona ao adicionar princípios universais como educação e respeito como essenciais e obrigatórios.

O papel da liderança

Para Valéria Mota, gerente executiva de seleção do Grupo Mrh, maior organização de gestão de pessoas do Nordeste, quando se fala sobre o tema, o desenvolvimento da liderança dentro das empresas não pode ficar de fora. “Muita gente confunde gestão de pessoas com o departamento de Recursos Humanos (RH). Este é só um instrumento. Na verdade, cada líder dentro da organização é o responsável por sua equipe e pelos resultados”, expõe.

Nesse contexto, ela aponta três aspectos que todo líder deve estar atento a fim de auxiliá-lo na condução da equipe e, consequentemente, na obtenção dos resultados esperados pela organização: autoconhecimento, autocuidado e o papel do líder-mentor.

“Para uma boa gestão de pessoal, o líder precisa do autoconhecimento. Ele precisa saber seus pontos fortes e aqueles que precisa desenvolver. Assim, ele vai saber qual o melhor formato de time que ele precisa ter, cercando-se de pessoas com características que complementem o seu perfil e, assim, possa obter o melhor resultado. Ao mesmo tempo, ele não pode esquecer do autocuidado. Se o líder não estiver bem, como ele vai ajudar os demais? Desse modo, ele precisa saber como controlar seus pensamentos, sentimentos e emoções, a fim de lidar com os desafios da liderança no dia a dia”, expõe.

Finalmente, ela destaca o papel do líder-mentor. “A equipe deve enxergar no seu líder um mentor, com o qual ela possa contar para se capacitar e se desenvolver”, explica. “Tendo em mente esses três pontos, vai ser possível formar uma equipe alinhada com os propósitos da empresa, com pessoas identificadas com os valores da organização. Daí vem o engajamento e não haverá desistências. Reter talentos é um diferencial muito grande em uma boa gestão de pessoal”, pontua.

Frutos da boa gestão de pessoas

Muitas empresas já estão cientes de que motivar, engajar, apoiar a capacitação e promover o trabalho em equipe são fatores cruciais que devem ser fundamentados em conjunto e colocados em prática no dia a dia da organização. Exemplos pelo Brasil e o mundo não faltam. Quem não escuta elogios para a gestão de pessoas posta em prática por empresas gigantes da tecnologia como o Google e a Dell ou ainda por renomados varejistas brasileiros como o Magazine Luiza?

No setor de saúde, um caso de sucesso é a Unimed Fortaleza, que já conquistou vários reconhecimentos nacionais, servindo de modelo para as unidades de outras capitais. Segundo Luana Rodrigues, gerente de RH da empresa, como consequência do modelo adotado, a organização tem somado excelentes resultados. “O fato de sermos a marca mais lembrada pelo consumidor no setor, de acordo com o Top of Mind; o nosso hospital ser reconhecido entre os melhores do mundo; e na última pesquisa do Great Place to Work, termos sido eleitos a melhor empresa para se trabalhar no Ceará e 24ª no Brasil, são indicadores que de que estamos no caminho certo na gestão de pessoal”, avalia.

Conforme disse, cuidar das pessoas é o principal propósito da empresa. “Acreditamos que para encantar os nossos clientes externos, precisamos encantar primeiro os nossos clientes internos. Então, é um compromisso de todos que estão aqui cuidar da jornada dos nossos colaboradores. Adotamos o que chamamos de ‘cultura da cortesia com resultado’. Em pesquisa com os funcionários, os três motivos de permanência na Unimed mais citados são a oportunidade de crescer e se desenvolver, o alinhamento de valores entre as partes e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional”, afirma.

Outro exemplo comprova que não importa o tamanho da organização, a gestão de pessoas faz toda a diferença. É o que conta o empresário Renato Aguiar, sócio da CDP Capital, aberta há cerca de três anos e que hoje conta com 30 funcionários. Com mais de 30 anos de experiência como líder em organizações de vários setores e portes, ele trouxe toda essa bagagem para o seu negócio. “Mesmo sendo uma empresa pequena, entendemos que a boa gestão de pessoal vai desde a seleção, com a escolha de perfis cujos os valores pessoais se alinhem aos da empresa, passando pela inspiração, capacitação e reconhecimento das pessoas no dia a dia, a fim de reter os talentos e maximizar os resultados”, fala.

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