Artigo do superintendente do Sebrae/CE, Joaquim Cartaxo, analisa cenário do empreendedorismo feminino no Brasil e no Ceará. (Foto: Freepik)

Será feminino

Por: Joaquim Cartaxo | Em:
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Março, mês internacional da mulher. Momento notável para refletirmos e dialogarmos sobre os desafios enfrentados e as lutas travadas pelas mulheres em nossa sociedade, historicamente. Dentre estes desafios, destaca-se o que se processa no campo do empreendedorismo: as empreendedoras vencerem a maior quantidade de obstáculos para tocarem os negócios do que os empreendedores.


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Tal desequilíbrio socioeconômico se deve a múltiplos fatores associados à cultura patriarcal, que ocorrem no dia a dia, como o fato das mulheres precisarem conciliar as responsabilidades da vida profissional com atividades relacionadas aos cuidados da família e da casa. Some-se a isso o preconceito, que acaba se refletindo nos negócios.

Este cenário de dificuldades acentuou-se ainda mais, no primeiro ano da pandemia, e foi estudado pelo Sebrae a partir de dados contidos PNADC do IBGE. A análise apontou o recuo no número de mulheres donas de negócio no segundo trimestre de 2020, quando o número de donas de negócio no país chegou a 8,6 milhões. No mesmo trimestre de 2019, este número era de 9,9 milhões.

Entusiasmando todos nós, os dados do quarto trimestre de 2021 mostram que o número de mulheres à frente de negócios cresceu para 10,1 milhões, fazendo com que elas sejam responsáveis por liderar 34% do total de negócios do país. Este percentual é maior com as mulheres cearenses à frente de 36% de todos os negócios do Ceará.

Outro dado relevante é a participação das mulheres nos novos negócios criados no Ceará. Conforme a Junta Comercial do Ceará, do total de 109.995 negócios formalizados em 2021, 47% são liderados por mulheres.

Além do mérito econômico deste crescimento do empreendedorismo feminino, há ainda o impacto social relevante, pois contribui diretamente para o aumento da geração de renda e o empoderamento destas mulheres empreendedoras.

Por isso, é tão importante ações que estimulem e fortaleçam os negócios liderados por mulheres. Pois hoje, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, as mulheres demonstram potência e capacidade de superar as adversidades, nos levando a afirmar que o desenvolvimento do século XXI será, necessariamente, feminino.

Joaquim Cartaxo é superintendente do Sebrae/CE. (Foto: Sebrae/CE)

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