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Será feminino

Cheerful young fashion designer in linen red dress smiles sincerely. Charming woman holds pencils and draws cloth pattern on craft paper sheet.

Março, mês internacional da mulher. Momento notável para refletirmos e dialogarmos sobre os desafios enfrentados e as lutas travadas pelas mulheres em nossa sociedade, historicamente. Dentre estes desafios, destaca-se o que se processa no campo do empreendedorismo: as empreendedoras vencerem a maior quantidade de obstáculos para tocarem os negócios do que os empreendedores.


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Tal desequilíbrio socioeconômico se deve a múltiplos fatores associados à cultura patriarcal, que ocorrem no dia a dia, como o fato das mulheres precisarem conciliar as responsabilidades da vida profissional com atividades relacionadas aos cuidados da família e da casa. Some-se a isso o preconceito, que acaba se refletindo nos negócios.

Este cenário de dificuldades acentuou-se ainda mais, no primeiro ano da pandemia, e foi estudado pelo Sebrae a partir de dados contidos PNADC do IBGE. A análise apontou o recuo no número de mulheres donas de negócio no segundo trimestre de 2020, quando o número de donas de negócio no país chegou a 8,6 milhões. No mesmo trimestre de 2019, este número era de 9,9 milhões.

Entusiasmando todos nós, os dados do quarto trimestre de 2021 mostram que o número de mulheres à frente de negócios cresceu para 10,1 milhões, fazendo com que elas sejam responsáveis por liderar 34% do total de negócios do país. Este percentual é maior com as mulheres cearenses à frente de 36% de todos os negócios do Ceará.

Outro dado relevante é a participação das mulheres nos novos negócios criados no Ceará. Conforme a Junta Comercial do Ceará, do total de 109.995 negócios formalizados em 2021, 47% são liderados por mulheres.

Além do mérito econômico deste crescimento do empreendedorismo feminino, há ainda o impacto social relevante, pois contribui diretamente para o aumento da geração de renda e o empoderamento destas mulheres empreendedoras.

Por isso, é tão importante ações que estimulem e fortaleçam os negócios liderados por mulheres. Pois hoje, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, as mulheres demonstram potência e capacidade de superar as adversidades, nos levando a afirmar que o desenvolvimento do século XXI será, necessariamente, feminino.

Joaquim Cartaxo é superintendente do Sebrae/CE. (Foto: Sebrae/CE)
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