A avaliação de qual caminho seguir depende de uma série de fatores, tais como produto, mercado, circunstâncias políticas e econômicas. (Foto: Freepik)

Expansão de negócios: integração vertical ou horizontal?

Por: Kim Belluco | Em:
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Expandir o modelo de negócio nunca é uma tarefa simples. É necessário ter uma estruturação e um planejamento muito bem realizados, pois o empreendedor lidará com uma série de questões com diferentes vertentes. E qual o caminho a seguir? Hoje, são dois: a integração vertical e a horizontal.


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Enquanto na integração vertical, uma empresa possui diversas divisões e algumas delas produzem peças e componentes que outras utilizam para a montagem dos produtos finais, na integração horizontal várias fábricas produzem o mesmo produto ou produtos correlatos para uma empresa.

“A avaliação de qual caminho seguir depende de uma série de fatores, tais como produto, mercado, circunstâncias políticas e econômicas. Desta forma, não há um caminho certo a seguir, o que de fato existe é uma tendência para a horizontalização, decorrente de ganhos de escala e de seus desdobramentos”, explicou Márcio Campos, Board Member da TrendsCE.

A verticalização é uma forma organizacional na qual uma empresa possui atuação em mais de um estágio do processo produtivo. A forma mais comum de verticalização ocorre por meio da fusão de várias empresas que atuam em estágios diferentes. Ou seja, a empresa pode assumir o controle da matéria prima, tornar-se mais independente, ou assumir total controle dos processos de produção, distribuição e manutenção do produto.

“A opção pela verticalização é circunstancial. Na medida em que há economia de combustível, fretes, eliminação de intermediários e de gestão cruzada, pode haver ganhos de rentabilidade. É claro que empresas verticalizadas, dado o seu porte, por vezes, são lentas frente aos movimentos bruscos de mercado, ademais, pelo mesmo motivo, a necessidade de investimentos e os seus riscos operacionais tornam a sua gestão algo mais complexo”, salientou Márcio Campos.

Estão entre os benefícios de uma integração vertical: o aumento de poder de mercado, melhora na eficiência da empresa, controle dos prazos de entrega, redução de custos de produção e comercialização, aumento no resultado operacional, maior domínio sobre a concorrência do setor, dentre outras.

Do outro lado, temos a integração horizontal, que, na visão das fontes, é a principal tendência atualmente. A integração horizontal permite que uma empresa compartilhe recursos com sua concorrente, além de possuir uma estratégia de terceirização.

“Na transformação digital em que vivemos, embora a tendência é ir para uma estratégia mais horizontal, muitas empresas não deixam de ser vertical, apenas usam outros modus operandi. Nas minhas iniciativas, eu gosto dessa visão de rede. Uma empresa que esteja competindo comigo, não necessariamente precisa ser minha inimiga. Pode estar competindo por um cliente, mas, em outra ocasião, podemos nos unir para executar um serviço juntos. É uma horizontalização saudável. Na verticalização, você fica mais independente, mas também mais engessado, você perde dinamismo e precisa ser bom em tudo. No entanto, tudo depende do negócio”, relatou Fábio Hideki, especialista em processos e tecnologia na Renova Consulting.

As vantagens de apostar em uma integração horizontal são: economias de escala, maior poder de mercado, acesso a novos mercados, maior diferenciação, competição reduzida, dentre outros pontos.

Ambas as estratégias existem há bastante tempo. O que vem acontecendo é um “requintamento” dos termos antigos para dar uma roupagem nova, mas tanto a horizontalização quanto a verticalização estão no meio do empreendedorismo há séculos. Se a integração horizontal é a bola da vez, a vertical nunca deixou de fazer parte do dia a dia, como mencionou Fábio Hideki.

“Para fazer uma integração vertical é necessário ter uma estruturação e um planejamento muito bons, pois o empreendedor vai lidar com uma série de questões com diferentes vertentes. É necessário descobrir se terá fôlego financeiro para tal, pois precisa de ótimas condições de entrega, manutenção, uma equipe maior, além de uma arquitetura muito robusta, dentre outras coisas. O problema é que muitas empresas tentam abraçar o mundo, mas quando alcança os 80% já não tem mais condições de chegar ao fim”, finalizou.

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