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PIB cearense fecha em 1,96% no primeiro trimestre do ano impulsionado pelo setor de serviços

Nesta quinta-feira (30) foi divulgado o resultado detalhado do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará, relativo ao primeiro trimestre de 2022, pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado. Dos três setores que compõem o PIB, o de Serviços apresentou o melhor desempenho.


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O PIB cearense fechou com crescimento de 1,96% no primeiro trimestre desse ano em relação ao mesmo período de 2021. O resultado ficou acima do PIB brasileiro, cujo índice atingiu 1,7%.

Comparando o desempenho do PIB cearense do primeiro trimestre ao quarto trimestre do ano passado, o resultado foi de 0,16%, enquanto o nacional fechou em 1,0%. Já o acumulado nos últimos quatro trimestres somou 6,16% no Ceará, contra 4,7% do Brasil.

Dentre os três segmentos que fazem parte do PIB cearense, o melhor desempenho ficou com o setor de Serviços, com 4,45%, no primeiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021, desempenho bem acima do nacional, que apresentou elevação de 2,9%. O setor Agropecuária fechou em queda de -0,95% e a Indústria também em -8,64%.

A taxa do PIB brasileiro para a Agropecuária apresentou involução de -8,0% e a Indústria em -1,5%. Já no comparativo do primeiro trimestre deste ano com o quarto trimestre do ano anterior, os resultados do PIB estadual foram: 1,27% para Serviços; -3,99% para a Indústria e -4,25% para a Agropecuária.

A previsão do Ipece para o crescimento da economia cearense no ano de 2022 está em 1,57%, taxa superior à da primeira estimativa do ano feita em março, que foi de 1,25%, igual índice da previsão inicial de dezembro (1,25%).

A estimativa de crescimento do PIB cearense para 2022 se mantém acima do projetado para economia nacional, cuja taxa é de 1,2%, superior à de 0,5% em março de 2022, de acordo com o analista de Políticas Públicas, Nicolino Trompieri Neto, coordenador do PIB.

No segmento Serviços, que apresentou crescimento de 4,45% no primeiro trimestre de 2022, dos seis setores/atividades, o de Alojamento e Alimentação registrou o melhor desempenho, com 12,56%, seguido pelo Transportes, com 11,22%; Comércio, com 9,58%; Outros Serviços, com 8,90%; Intermediação Financeira, com 1,54%, e Administração Pública, com 1,47%.

Já das quatro atividades do Setor Industrial, apenas a Construção Civil registrou crescimento, com 15,40%, enquanto Eletricidade, Gás e Água fecharam com -22,32%; Transformação, com -14,08%, e Extrativa Mineral, com -3,80%.

Nicolino Trompieri explica que, com a forte redução das restrições sanitárias, a partir do avanço da cobertura vacinal, as atividades econômicas relacionadas com a circulação de pessoas, como o turismo, alojamento e alimentação, transportes e comércio, registraram as maiores expansões no primeiro trimestre do ano, favorecendo o setor de serviços do Ceará, no qual foi o destaque positivo para o primeiro trimestre de 2022.

Os números da economia cearense foram apresentados por Nicolino Trompieri e pelos também analistas de Políticas Públicas Witalo Paiva e Alexsandre Lira, e pelos assessores técnicos Cristina Lima e José Freire Júnior, todos da Diretoria e Estudos Econômicos (Diec) do Ipece.

Índice

O PIB é um indicador que revela a tendência do desempenho da economia cearense no curto prazo. Além do Ceará, mais sete estados brasileiros realizam o cálculo de sua economia trimestralmente: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo, que utilizam a mesma ponderação das Contas Regionais.

O cálculo do PIB é feito com base nos resultados dos três setores, Agropecuária, Indústria e Serviços, e desagregados por suas atividades econômicas. É importante ressaltar que, como indica somente uma tendência de crescimento ou arrefecimento da economia, suas informações e resultados são preliminares e sujeitos a correções, quando forem calculadas as Contas Regionais definitivas, em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e as demais 27 Unidades da Federação.

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