A confiança dos empresários da indústria aumentou em junho deste ano, para 57,8 pontos, ou seja, 1,3 ponto acima do registrado em maio: 56,5 pontos. A confiança aumentou em 20 dos 29 setores industriais analisados. É o melhor resultado desde outubro de 2021.
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Os números estão no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O ICEI avalia, na visão dos empresários, a situação atual e as expectativas da economia nacional e da própria empresa.
No Ceará, o Índice (junho) ficou em 58,5 pontos, demonstrando que os empresários da indústria cearense se encontram otimistas e com confiança superior à média histórica estadual (56,5 pontos). Comparativo a maio, o indicador se manteve praticamente estável no Estado, com pequena retração de 0,1 ponto, segundo informa Rayssa Alexandre Costa, especialista de Inteligência Competitiva da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).
Rayssa Costa afirma que, em junho, os empresários da indústria do estado e do país apresentaram expectativas positivas em relação aos próximos seis meses, tanto em relação à economia quanto ao ambiente empresarial.
“Em maio (último período disponível), os industriais cearenses apresentaram expectativas positivas em todos os indicadores analisados: Demanda (59,9 pontos), Compra de Matérias-Primas (58,0 pontos), Quantidade Exportada (53,9 pontos) e Número de Empregados (51,4 pontos)”.
Rayssa Alexandre Costa, especialista de Inteligência Competitiva da Fiec
O melhor avanço da confiança foi registrado na região Norte, com 3,0 pontos, passando de 58,5 pontos para 61,5 pontos. O Nordeste ficou em quarto lugar, com 58,2 pontos, 1,1 ponto a mais que em maio (57,1 pontos).
De acordo com o ICEI, os avanços, em junho, foram em todos os portes de indústria,sobretudo entre as pequenas, que avançou 1,9 ponto, enquanto as médias ficaram em 1,2 pontos e as grandes em 1,3 ponto.
Os setores mais confiantes foram Produtos Diversos, com 61,7 pontos, seguido por Calçados e suas partes, com 61,6 pontos, e Impressão e reprodução de gravações, com 60,9 pontos. Os setores Couros e artefatos de couro; Obras de infraestrutura e Bebidas, respectivamente com 52,8 pontos, 53,3 pontos e 55,9 pontos foram os menos confiantes.
O ICEI demonstra, com o resultado de junho, principalmente, que os setores da indústria continuam confiantes, já que o Índice permanece acima da linha divisória dos 50 pontos, justamente a que separa confiança de falta de confiança. O Índice de Condições Atuais, também levantado pelo ICEI, avançou 2,1 pontos, ultrapassado, em junho, a linha divisória, ou seja, de 49,4 pontos para 51,5 pontos. E o Índice de Expectativas, para os próximos seis meses, também subiu: de 50 pontos para 61 pontos, ou seja, 1 ponto a mais.
Dentre os setores industriais, a Indústria extrativista, em junho, atingiu 63,4 pontos de confiança, superando o resultado de maio, de 62,3 pontos. Já a Indústria da construção também apresentou crescimento, fechando em 56,7 pontos contra 56,2 pontos, na mesma comparação. Por sua vez, a Indústria de transformação registrou 58,3 pontos, superando os 56,6 pontos verificados em maio.
Apesar de não ser realizada a desagregação por setor no Ceará, é possível verificar o nível de desagregação em relação ao porte das empresas. Nesse caso, em junho, as médias empresas se destacaram com o maior otimismo (65,3 pontos), seguido das pequenas (56,6 pontos) e das grandes empresas (56,4 pontos). No mês de junho, o industrial cearense e brasileiro apresentou resultados positivos em ambos os indicadores: 1) Índice de Condições Atuais – 50,7 pontos no Ceará e 51,5 pontos no Brasil; e 2) Índice de Expectativas – 62,4 pontos no Ceará e 61,0 pontos no Brasil.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) varia de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais disseminada é a confiança. Valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança do empresário e quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disseminada é a falta de confiança.
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