O 5G oferece maior velocidade na faixa principal, mas ainda possui acesso limitado e vai demorar para abranger todo o país. (Foto: Envato Elements)

5G no Brasil: o que muda com a chegada da nova tecnologia

Por: Ívina Sales | Em:
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A capital do Distrito Federal foi a primeira cidade do Brasil a receber a nova tecnologia 5G, na última quarta-feira (6). Trata-se da versão “pura” da tecnologia, que promete revolucionar o mercado, oferecendo maior velocidade na conexão e confiança na rede. O 5G oferece maior velocidade na faixa principal, mas ainda possui acesso limitado e vai demorar para abranger todo o país.


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Até o momento, em escala abrangente, estava disponível apenas o chamado 5G DSS  (Compartilhamento Dinâmico de Espectro, da sigla em inglês), versão mais limitada usada desde 2020, que funciona como uma forma de transição entre a quarta e a quinta geração da internet.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) diz que as próximas capitais que vão receber a tecnologia são: São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa, porém ainda não há data definida.

O prazo para todas as capitais brasileiras receberem o 5G é 29 de setembro de 2022. Inicialmente, estava prevista para até o dia 31 de julho, mas dificuldades logísticas na importação de equipamentos fizeram a Anatel ampliar o prazo para adesão do serviço. A previsão é que até dezembro de 2029 o 5G chegará a todas as cidades no País.

A quinta geração de internet móvel promete uma revolução: conexão com ultra velocidade, avanços tecnológicos, como carros que circulam sozinhos, e a possibilidade de conectar muitos aparelhos à internet de forma simultânea.

O que é o 5G?

É a mais recente geração de internet móvel, ou seja, uma evolução da conexão 4G utilizada atualmente. A promessa é que ela vai aumentar a velocidade para baixar e enviar arquivos, diminuir o tempo de resposta entre diferentes dispositivos e tornar as conexões mais estáveis.

Essa evolução da rede vai possibilitar a conexão simultânea de muitos objetos à internet: celular, carro, semáforo, relógio, por exemplo. Esses eletrônicos já podem ser ligados ao 4G, mas é esperada uma conexão mais eficiente

Quais serão as melhorias na prática?

média da velocidade 4G no Brasil entre as quatro principais operadoras é de 17,1 Mbps (megabits por segundo), de acordo com um relatório da consultoria OpenSignal de maio do ano passado. O valor pode variar de acordo com a localidade, com a operadora utilizada e até mesmo com horário em que uma pessoa acessa as redes.

Uma conexão 4G com excelente performance chega perto de 100 Mbps, segundo Leonardo Capdeville, chefe de inovação tecnológica da TIM. Enquanto a quinta geração (5G), pode atingir a velocidade entre 1 e 10 Gbps  (gigabits por segundo) – uma diferença de 100 vezes ou mais em relação ao 4G. Nem sempre o 5G vai atingir as velocidades absolutas, mas a melhora pode ser significativa.

Essa diferença diz respeito somente à velocidade. Mas o 5G também promete baixa latência, ou seja, um tempo mínimo de resposta entre um aparelho e os servidores de acesso à rede – aquele breve atraso que ocorre em chamadas de vídeo, quando é necessário esperar alguns segundos até que o som e a imagem cheguem para o espectador.

Possibilidades da nova tecnologia

Essas melhorias de velocidade, tempo de resposta e estabilidade na rede prometem abrir um leque de aplicações, de acordo com os especialistas. Tecnologias como os carros autônomos e a telemedicina devem avançar ainda mais com a chegada do 5G, bem como a chamada “indústria 4.0” com toda a linha de produção automatizada.

Embora já existam, o tempo de resposta do 4G ainda não é veloz o suficiente para suportar os carros autônomos e evitar acidentes em situações extremas, além de não suportar tantos dispositivos conectados ao mesmo tempo. Cirurgias feitas de forma remota, por exemplo, serão mais confiáveis quando a rede oferecer um tempo de resposta mínimo.

A tecnologia da quinta geração de internet móvel também pode revolucionar os smartphones, já que as altas velocidades permitiriam que muito do processamento de tarefas deixe de ocorrer no chip do aparelho e passe a ser feito na nuvem, usando a potência dos computadores.

O mesmo pode acontecer com gadgets médicos, como pulseiras e relógios conectados. Em termos práticos e do cotidiano, as ligações de vídeo devem se tornar mais claras, a experiência de jogos virtuais também deve ser aprimorada e as transmissões de vídeo ao vivo devem travar menos e não perder sinal em meio a uma multidão.

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