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I FIEC Summit traz o tema hidrogênio verde ao centro do debate

O I FIEC Summit, que ocorrerá nos dias 03 e 04 de agosto, irá promover um encontro de ideias entre investidores do HUB de Hidrogênio Verde e a Academia cearense para discutir temas relevantes que impactam no desenvolvimento local.


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O FIEC Summit terá a participação de multinacionais interessadas em construir usinas para a produção do hidrogênio verde no Ceará.

O evento contará com diversas palestras e exposições de cases nacionais e internacionais, além de exposições, debates, rodadas de negócios e visitas técnicas. Momento ímpar para conhecer as oportunidades e as inúmeras atividades integradas desta enorme cadeia produtiva que se forma.

O consultor de energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Jurandir Picanço, acredita que “o FIEC Summit vai proporcionar momento especial para o Ceará surgir como grande protagonista na economia do Hidrogênio Verde (H2V), pois vai ampliar a participação do empresariado cearense nessa nova cadeia produtiva que se forma. Com certeza, haverá espaço para o crescimento do setor industrial cearense”, assegura.

Saiba mais

O Estado do Ceará já tem quase 20 memorandos de entendimento assinados com grandes empresas a nível mundial, que sinalizam investimentos superiores a US$20 bilhões. O Nordeste brasileiro, em especial o estado do Ceará, surge como potencial supridor de energia renovável para produção do combustível limpo devido à alta capacidade de produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis.

Segundo o coordenador do Núcleo de Energia da FIEC, Joaquim Rolim, essa capacidade supera a marca de 800 GW. “O potencial existente em nosso Estado representa mais de 4 vezes toda a atual capacidade instalada no país para produção de energia elétrica, que é de 184 GW, isso levando-se em consideração todas as usinas instaladas no Brasil, sejam elas as eólicas, as hidroelétricas e as de biomassa”, conta.

Embora os números sejam expressivos, o potencial precisa ser melhor explorado. “Nós ainda não estamos produzindo nem 1% do nosso potencial de energias renováveis, que é enorme”, afirma Tarcísio Bastos, gerente de Unidade de Tecnologia do SENAI Ceará. A avaliação de toda essa riqueza no Estado foi feita sem a contabilização dos possíveis ganhos que o Hidrogênio Verde (H2V) poderá proporcionar para a economia cearense.

Visita do presidente da FIEMA (Foto: José Sobrinho)

Protagonismo da FIEC

Nesse cenário, a FIEC tem exercido um importante papel de agente impulsionador do desenvolvimento social e econômico do Estado, estimulando a competitividade, a formação continuada e a adoção de práticas inovadoras e sustentáveis, somando forças para o fortalecimento de vínculos institucionais. Tudo isso com o intuito de desenvolver o HUB de Hidrogênio Verde do Ceará, que vai ser instalado por meio de uma parceria entre o Governo do Estado, FIEC, Universidade Federal do Ceará (UFC) e Complexo do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Fortaleza, onde serão instaladas as empresas.

A lógica do HUB é semelhante à das refinarias: compartilhar alguns itens de infraestrutura, como dutos e tanques para estocar o hidrogênio na forma de amônia verde, e estar perto do ponto de escoamento. O modelo de negócios do porto inclui o arrendamento dos terrenos dentro de uma Zona de Processamento de Exportações (ZPE), que oferece vantagens tributárias, e a cobrança pelo fornecimento de serviços portuários.

Pecém também oferece um contato europeu importante. O Porto de Roterdã, que está se posicionando como a principal porta de entrada do hidrogênio no continente, é dono de 30% do capital do porto cearense.

Ainda no contexto do HUB do Hidrogênio Verde, a FIEC vai construir o Centro de Excelência de Transição Energética, por meio do SENAI Ceará e SESI Ceará. A estrutura, no SENAI da Barra do Ceará, em Fortaleza, deve ficar pronta até novembro deste ano. “O presidente Ricardo e toda a sua diretoria têm trabalhado intensamente, junto ao Governo do Estado, UFC e Complexo do Pecém para atrair investimentos para o Ceará e gerar emprego e renda para a população local. Por isso, decidimos lançar uma estrutura nova com salas de aula, laboratórios com equipamentos de ponta e com grandes parceiros ao nosso lado, como estratégia para qualificar a população local e atender às indústrias que aqui irão se instalar”, disse o superintendente do SESI Ceará e diretor Regional do SENAI Ceará, Paulo André Holanda.

Visita ao Observatório da Secretaria de Segurança Pública (Foto: José Sobrinho)

Centro de Excelência de Transição Energética

O Centro vai contar com três parceiros. A Aeris Energy, que treinou os docentes do SENAI e irá doar uma pá eólica no curso de reparador de pá eólica. A Maersk Training, que vai ofertar cursos de energia eólica no padrão da Global Wind Organization, treinamento técnico de manutenção de aerogeradores (GWO BTT) e a GIZ, com a cessão de equipamentos para os laboratórios de H2V, além de promoção de treinamento para os docentes.

A entidade alemã prevê investimentos de 2,6 milhões de euros (cerca de R$ 14 milhões), até 2023, na adaptação de infraestrutura e compra de equipamentos para seis centros de formação de profissionais para a cadeia de hidrogênio verde em alguns Estados do país. Um deles, o Ceará. “Realmente, a FIEC tem dedicado uma atenção muito grande a todos os processos relacionados à transição energética, principalmente com relação às energias renováveis – uma oportunidade muito grande para o Nordeste e para o Ceará, que possui um gigantesco potencial de energia eólica e energia solar”, ressalta Jurandir Picanço. “Temos duas grandes empresas voltadas para a produção de energia eólica. A Aeris, a maior produtora de pás do país; e a Vestas, que é a maior empresa de produção de aerogeradores do mundo, que está instalada em Aquiraz. E existem inúmeras outras empresas menores na cadeia produtiva”, complementa.

Clique aqui e participe do I FIEC Summit.

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