Fazer cursos online, compras em lojas virtuais ou realizar operações bancárias pela internet já não são mais novidades neste século. Mas alguns passos desta caminhada em direção à virtualização dos serviços foram fortemente acelerados, com a pandemia de Covid-19. A área da saúde precisou absorver uma grande demanda em diversos segmentos, que foi maximizada pelo isolamento social e as novas formas de trabalho, com todas as restrições que interromperam as rotinas laborais em todo o mundo. Na indústria, esse movimento trouxe muitos benefícios. A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), através do Serviço Social da Indústria (SESI), oferece às empresas teleconsultas, através de contratos com as empresas, com atendimento em Clínica Geral, Psicologia e Nutrição.
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“É uma incorporação tecnológica perante a relação médico-paciente que já vinha acontecendo no mundo inteiro. Esse processo foi muitíssimo acelerado, em função da pandemia, quando se tornou fundamental evitar o contato entre as pessoas, já que a Covid é uma patologia de transmissão respiratória”.
Alexandre de Lima Santos, médico do trabalho do SESI Ceará
No Brasil, os novos contextos levaram o Conselho Federal de Medicina (CFM) a publicar, em maio deste ano, a resolução 2.314/22, que define e regulamenta a telemedicina e suas várias modalidades – teleconsultas, teleinterconsulta, telediagnóstico, telecirurgia, telemonitoramento, teletriagem e teleconsultoria*. Hoje, com a plataforma de saúde do SESI Ceará, os colaboradores das empresas que contratam o serviço podem ser atendidos com mais rapidez, conforto e segurança, dentro e fora dos ambientes laborais.
Segundo a gerente de Saúde e Segurança para a Indústria do SESI Ceará, Veridiana Sales, entre as vantagens oferecidas está a possibilidade dos trabalhadores incluírem dependentes, como cônjuge e filhos, ampliando o alcance do serviço às famílias. O acesso à plataforma é feito por meio de usuário e senha e não há restrições quanto a datas ou horários. “O paciente pode ter acesso ao atendimento de qualquer lugar, não necessariamente estando dentro da empresa. Isso democratiza o acesso à saúde e tem um impacto direto sobre o absenteísmo e o presenteísmo na indústria”, explica.
O absenteísmo é um dos gargalos enfrentados por grandes empresas. Ele acontece justamente quando uma pessoa precisa se ausentar do trabalho por motivos de saúde, geralmente, quando não houve um processo de prevenção. Tão preocupante quanto isso é o presenteísmo. Ele ocorre quando o trabalhador, mesmo estando dentro da empresa, não consegue desempenhar suas funções adequadamente, e isso pode ser motivado por problemas como nutrição inadequada, saúde mental ou doenças que poderiam ser diagnosticadas e tratadas precocemente.
“Compreendemos que as teleconsultas vão trazer grande impacto para as indústrias e para a sociedade. Um trabalhador que costuma ser responsável por quatro ou cinco vidas, ao ter acesso à telemedicina, ajuda a desafogar filas de atendimento presencial. A rapidez no diagnóstico precoce de determinadas doenças pode gerar uma redução de custos não só para as empresas, mas para os contribuintes, de maneira geral”.
Veridiana Sales, gerente de Saúde e Segurança para a Indústria do SESI Ceará
Um olhar diferenciado sobre a saúde mental
Outro grande e inegável reflexo da pandemia foi a atenção dada aos cuidados com a saúde mental, durante e após os períodos mais críticos de isolamento. Problemas como ansiedade, depressão e distúrbios de socialização foram agravados pela obrigatoriedade de ficar em casa e evitar o contágio por coronavírus. Isso ficou tão evidente que o Conselho Federal de Psicologia publicou a resolução nº4, de 26 de março de 2020, logo no início da notificação de casos no Brasil, flexibilizando e ampliando o atendimento psicológico, como explica a psicóloga Ana Karine Andrade, do SESI Ceará: “Antes, já havia o serviço de teleatendimento, mas era restrito, seguindo algumas normas. Com a pandemia, houve a necessidade de rever regras e o Conselho Federal de Psicologia lançou a resolução, abrangendo a maior parte da população, por exemplo, permitindo o atendimento virtual (teleconsultas) de pessoas em crise psicológica. Decidiu-se, também, que os profissionais que se sentiam capazes deveriam estar cadastrados no e-Psi (plataforma de cadastro nacional de profissionais de psicologia para prestação de serviços psicológicos por meio de tecnologias da informação e comunicação)”, explica.
E as empresas podem contar com o apoio da FIEC para oferecer a seus colaboradores acompanhamento psicológico adequado, seguro e sigiloso. O trabalhador tem assegurada a privacidade de suas informações, protegida pela ética e por leis em vigor. No caso de atendimento no local de trabalho, a empresa deve fornecer o ambiente propício à consulta – uma sala reservada, com boa internet e equipamentos necessários.
Tudo está ligado: corpo e mente
Além da saúde mental, uma grande prioridade para qualidade de vida dos trabalhadores da indústria é a saúde alimentar. Ela pode ser um dos fatores que desencadeiam problemas de ordem emocional, inclusive. Por isso, as teleconsultas oferecidas às empresas também incluem a especialidade de nutrição. “Na indústria, a segurança do trabalhador está diretamente ligada a um corpo bem nutrido. Até mesmo quem enfrenta problemas emocionais pode contar com a ajuda de um nutricionista, indicando alimentos que melhoram a atenção, beneficiam o cérebro e o corpo, como um todo. Por exemplo, quem pratica exercício físico naturalmente sofre desgaste de musculatura e a reposição nutricional é fundamental para alcançar bons resultados no treino e no pós-treino”, explica a nutricionista Maria José Pinheiro.
Contratação simplificada: a saúde como prioridade
Para contratar o serviço de teleconsultas do SESI Ceará, o processo é simples. As empresas podem entrar em contato com a Central de Atendimento, por meio do telefone (85) 4009-6300 – de segunda a sexta-feira, das 6h às 21h, e aos sábados, das 8h às 14h, exceto em feriados nacionais ou locais.
*Saiba mais sobre a resolução do CFM e a definição de todos esses termos
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