O mundo vive tempos de mudanças ágeis e transformações aceleradas. Nesse cenário, chegou a era da Indústria 5.0, um momento onde as máquinas são aliadas às pessoas, onde um complementa o outro. E como toda evolução, a Indústria 5.0 não rompe com os conceitos defendidos na Indústria 4.0, ela complementa a visão para que haja um melhor aproveitamento das ferramentas e tecnologias.
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O conceito de automação industrial, inserido no globo através da Indústria 4.0, ensinou ao cenário corporativo o poder da transformação digital. O fenômeno que irrompeu em 2011, durante a Feira de Hannover, sediada na Alemanha, e também chamada de 4ª Revolução Industrial, apresentou ao mundo a implementação de tecnologias avançadas no ambiente de negócios, como a robótica, internet das coisas, armazenamento em nuvem e inteligência artificial.
O impacto significativo na produtividade, seguido de um aumento expressivo em eficiência, faz até hoje com que organizações se esforcem para adequar seus processos e inserir tecnologias de ponta na execução da empresa. O grande diferencial da Indústria 5.0 em relação ao modelo antigo é que os seres humanos estão no centro dessa onda. Nesse novo mundo, sensores coletam dados e computadores com recursos de IA que processam e analisam essas informações. Em resumo, é humanizar a transformação digital nas fábricas e assim, conectar as pessoas às máquinas.
De acordo com informações do portal Decision Report, essa indústria ainda está começando a ser conhecida no Brasil. Entretanto, apesar dessa realidade incipiente, a Indústria 5.0 é um caminho sem volta que corrige distorções da Indústria 4.0 e trabalha a favor de um mundo centrado em pessoas e totalmente alinhado com os valores ESG (Environment, Social e Governance). Segundo o relatório do instituto de pesquisas norte-americano AllTheResearch de dezembro de 2020, a Indústria 5.0 deverá movimentar US$ 298,2 bilhões até 2027.
O portal TrendsCE entrevistou o diretor regional do SENAI RN, Rodrigo Mello, que falou sobre o cenário atual e afirmou que a palavra da vez é inovação. Inovação em projetos, design e atendimento.
“Tivemos uma grande evolução na eficiência dos processos industriais com a indústria 4.0. O desafio agora é reumanizar o relacionamento com as máquinas, incluindo a evolução no processo com a inovação, e aí entra o papel do SENAI na formação das pessoas. Essa é a grande contribuição que o SENAI pode dar em todo Brasil para atender as indústrias que estão inseridas no cenário 5.0”.
Mello explica sobre a convergência entre as indústrias 4.0 e 5.0. “A aplicação da inovação nos leva a lugares imprevisíveis muitas vezes e também numa velocidade não planejada. Certamente, esse novo momento nos trará um salto tecnológico e novas demandas no ambiente de trabalho para as pessoas, a partir do modo e da forma inovadora da máquina trabalhar, de novos caminhos planejados para o nosso parque industrial e a automação que foi toda implantada no processo 4.0”.
Na indústria 5.0, as pessoas são como uma parte integrante do processo produtivo aliadas à transformação industrial. “O ser humano sempre é o grande protagonista do processo produtivo. Nesse novo momento de relacionamento com a automação, as pessoas serão ainda mais exigidas e, certamente, bem mais valorizadas dentro do ambiente industrial. Nós precisaremos, mais que nunca, de pessoas criativas, pessoas de raciocínio fácil e que estejam preparadas em suas qualificações para melhor desempenharem suas atividades no ambiente industrial”, ressalta Rodrigo Mello.
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