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Síndrome de burnout: empresas precisam agir para combater nova doença laboral

A Síndrome de burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, é uma doença mental que surge após o indivíduo passar por situações de trabalho desgastantes, ou seja, que requerem muita responsabilidade ou até mesmo excesso de competitividade. O termo “Burnout” vem do inglês e é a união de duas palavras: “burn”, que quer dizer queimar, e “out”, que significa exterior. Então, a doença pode ser caracterizada como uma queima de fora para dentro: fatos externos que causam muita pressão no interior, na mente. Ela pode resultar em graves estados depressivos e episódios de ansiedade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os problemas relacionados à saúde mental no trabalho diminuem a produtividade, resultando na perda anual de US$ 1 trilhão no mundo.


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Um levantamento da International Stress Management Association (Isma) mostra que o Brasil é o segundo país com mais casos de burnout. O número de casos supera países como Estados Unidos e Alemanha. O Brasil está atrás apenas do Japão, que tem 70% da população atingida pela doença. Segundo a Associação Nacional de Medicina do Trabalho, a síndrome atinge mais de 30 milhões de trabalhadores brasileiros.

Veridiana Sales, gerente de Saúde e Segurança para a Indústria do SESI Ceará. (Foto: Marília Camelo)

“Se um caso de burnout chegar ao consultório do médico do trabalho, na empresa, isso tem que ser trabalhado o quanto antes, com acompanhamento psicológico ou psiquiátrico. O foco é a prevenção, através dos programas de qualidade de vida, para que o trabalhador não se afaste das suas funções”.

Veridiana Sales, gerente de Saúde e Segurança para a Indústria do SESI Ceará

O que fazer para reduzir casos de burnout

Ricardo Galli, médico do trabalho da Companhia Siderúrgica do Pecém. (Foto: CSP/Divulgação)

A primeira atitude que uma empresa pode tomar é fazer um diagnóstico sobre a saúde mental de seus trabalhadores. É um processo que deve contar com o apoio de profissionais capacitados, unindo a medicina do trabalho à psicologia. Hoje, o SESI Ceará oferece diversas soluções personalizadas para a promoção da saúde e da qualidade de vida nas corporações dos mais variados portes, desde o diagnóstico às práticas corporativas.

Uma das empresas que contrataram os serviços do SESI foi a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). O médico do trabalho Ricardo Galli explica a importância da personalização dos programas do Serviço Social da Indústria. “Outras empresas trouxeram propostas que não funcionaram. Mas o SESI sempre traz novas ideias e soluções, com uma interação muito positiva com a nossa equipe. Os resultados são visíveis: trabalhadores com mais autoestima, engajamento e vontade de continuar na empresa, reduzindo o presenteísmo e os custos com medicina curativa, ao mesmo tempo em que desenvolve a medicina preventiva”, afirma.

O presenteísmo citado pelo médico acontece quando o trabalhador está presente na empresa, cumprindo sua função, mas a capacidade laboral não é plena – ou seja, há falhas na saúde física e/ou mental. Os reflexos aparecem em forma de adoecimento e redução da produtividade.

O caminho certo para a solução

As empresas que desejam reduzir ou prevenir casos de Síndrome de burnout podem contar com o SESI Ceará, através dos serviços de promoção da saúde e da qualidade de vida. São muitas soluções que podem ser personalizadas de acordo com o número de colaboradores e os diagnósticos prévios. Basta entrar em contato com o Serviço Social da Indústria, pelo telefone (85) 4009-6300 ou pelo site sesi-ce.org.br.

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