O mercado livre de energia vem crescendo ao longo dos anos e deixando de ser algo completamente desconhecido pela sociedade. Dentro deste vasto mundo, a energia solar teve sua evolução. Com o benefício da sustentabilidade, ela traz diversas vantagens para o meio ambiente, como: redução de poluição por fontes contaminadoras (carvão/ gases do efeito estufa), além do melhor aproveitamento dos recursos naturais.
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De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), até outubro deste ano, a potência total instalada, levando em consideração a geração centralizada e distribuída, atingiu o marco histórico de 20,2GW. Esta, também, representa 9,7% da matriz energética brasileira. Desses 20,2GW, a geração distribuída é responsável por 13,7GW, equivalente a 68%, enquanto a geração centralizada representa 32%, com 6,5GW.
De maneira mais específica, o Nordeste possui 4,4GW de potência instalada na modalidade de Geração Centralizada, e 2,8GW de Geração Distribuída, sendo o Ceará um notório contribuinte deste cenário, como um dos estados de mais relevância na Geração de Energia Solar Fotovoltaica da região. Na modalidade de Geração Centralizada, o estado possui 702MW em operação, bem como, 468MW em Geração Distribuída, somando, no total, 1,17GW em operação.
É importante trazer em foco que a quantidade de solicitação de outorga até o início de março deste ano foi muito elevada devido ao fim no desconto da Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST). De modo similar ocorre para a GD, que, para não pagar a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) até o ano de 2045 e manter as condições regulatórias atuais, necessita da solicitação do parecer de acesso até o início de 2023 e, tendo o parecer emitido, começará a injetar na rede depois de 120 dias para microgeração e 1 ano para minigeração, tratando-se do mercado de energia solar. Dessa forma, o número de projetos que devem entrar no ano de 2023 para ainda possuir este desconto é elevado.
Com o setor de energias renováveis e o mercado livre em ascensão, a Kroma possui destaque, com mais de 6GW de projetos em desenvolvimento. Ao que diz respeito dos que estão em etapas mais avançadas tem-se: o Complexo São Pedro e Paulo, de 100MW, que se encontra na etapa de construção e está localizado no interior de Pernambuco, em Flores; o Complexo Solidão, de 700MW, que já possui CUST assinado e iniciará a sua construção no início de 2023, no interior de Minas Gerais; o Complexo Arapuá, composto por duas fases de 250MW, cada, que terão suas obras iniciadas no ano seguinte, em Jaguaruana/CE.
A maioria dos projetos desenvolvidos pela comercializadora estão no Nordeste, em estados como Pernambuco, Piauí, Bahia e Ceará. No Ceará, por exemplo, existe o Complexo Apodi (162 MW), projeto financiado pelo Banco do Nordeste, executado pela Kroma em parceria com as norueguesas Equinor e Scatec, e está em operação desde novembro de 2018; o Complexo Frei Damião (192MW) e o Complexo Lagoa de Santana (300MW).
O cenário não poderia ser mais animador. Com um crescimento em potencial ainda mais expressivo nos próximos anos, não apenas pelo viés ambiental, que incentiva fontes desse tipo, como também devido a consequências regulatórias, este tipo de energia se tornará cada vez mais acessível nos próximos anos. De acordo com o boletim de outubro da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), 45% da energia solar foi vendida pelo mercado livre, comprovando a sua expansão.