Nos anos de 2020 e 2021, as empresas do setor sofreram um prejuízo de 230 bilhões, e 97% delas foram impactadas, tendo mais de 350 mil eventos cancelados somente em 2020. Porém, com a retomada da economia, neste ano, o Brasil deverá completar 590 mil eventos. Os números são da pesquisa feita pela Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape).
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Segundo a entidade, em 2021, houve um crescimento de 400% no setor, comparado ao ano de 2020, que foi praticamente nulo devido à pandemia da Covid-19. Os dados foram apresentados por Mário Gurjão, head de Inovação da TrendsCE, no II Unieventos, realizado, nos dias 29 e 30 de novembro, no Senac Reference, em Fortaleza. O encontro discutiu o futuro do mercado de eventos.
Para Mário Gurjão, as dificuldades enfrentadas despertaram novos desafios. Ele citou como exemplos as novas formas de interação e fidelização. “Essa chegada de futuro, de uma forma emergencial, trouxe essa pergunta: E agora, como é que vamos interagir e como vamos fidelizar?”, destacou.
Esse fenômeno impulsionou a criação de novas ferramentas de auxílio à produção e gestão. “Até então, a gente vinha de um ambiente totalmente físico”, comparou. Outro problema, segundo o especialista, foi que o tempo do cliente ficou mais concorrido.
“Com as pessoas em casa e com essa digitalização excessiva, mas também necessária, o tempo ficou mais fracionado. E isso é um desafio cada vez maior no mundo digital”.
De acordo com ele, a pandemia impulsionou o surgimento de novas ferramentas para eventos online e híbridos. Gurjão acredita que, independente da pandemia, o modelo de reunião híbrida veio para ficar.
Case de sucesso no setor de eventos
Dentro dessa linha inovadora movida pelos problemas advindos com a pandemia, Gurjão citou como exemplo o pioneirismo da TrendsCE. Uma empresa especializada na criação de projetos e conteúdos nas áreas de economia e negócios, tanto para gestores dos setores público como também privado, acadêmico e do terceiro setor.
“A Trends é uma empresa que utiliza conexão, conhecimento e inovação para fortalecer o desenvolvimento de negócios. Portanto, trabalha com análise de tendências, com a oferta de conteúdo especializado e com produtos, como eventos voltados para o nível C-level”.
Gurjão destacou também a Trends Magazine. Trata-se de uma revista eletrônica interativa especialmente desenvolvida para resolver, segundo ele, “a maior dor” do setor de eventos corporativos, que é a perda do seu principal acervo intelectual e intangível, ou seja, o conteúdo qualificado que é gerado nesses encontros.
“É aquela sensação do que foi mesmo debatido? Quem participou desse processo? Como é que eu recorro a tudo o que foi gerado? Então, pensando nisso, nós desenvolvemos esse conceito da revista digital, que é multiplataforma porque traz conteúdo em áudio, vídeos e textos”.
A iniciativa já tem dois pilotos. Um deles direcionado à Escola de Verão, que discutiu a inteligência artificial e foi promovida pelo Iracema Digital. Outro ao Move Ceará, um projeto desenvolvido em parceria com a Assembleia Legislativa do Ceará, que ouviu todo o setor empresarial no cenário pós-pandêmico.
Trends Magazine
Segundo Carla Matos, CFO da TrendsCE, a iniciativa foi idealizada em 2021, durante a 2ª Escola de Verão em Inteligência Artificial, realizada pelo Iracema Digital. “Na época, a TrendsCE transformou em reportagens e podcasts os principais conteúdos produzidos durante o evento. Com isso, abrimos novas oportunidades para a propagação de conteúdos e reforço de ideias, pois no modelo tradicional, os conteúdos de eventos têm um alcance reduzido e limitado”.
Marcos André Borges, CEO da TrendsCE, destacou o alinhamento da empresa com a proposta do novo produto e os benefícios para o mercado. “A TrendsCE nasceu para a produção de conteúdo jornalístico estratégico e a Revista Digital Multiplataforma é totalmente alinhada com a nossa proposta editorial. O mercado de eventos no Ceará é bastante desenvolvido e acreditamos que nossa proposta agrega valor a produtores e patrocinadores”.
A experiência foi replicada no Move Ceará, criado com o objetivo de entender quais eram as necessidades dos setores produtivos cearenses. Para tanto, fez a coleta das agendas setoriais nas 14 macrorregiões do estado.
O projeto reuniu um conjunto de iniciativas para criação de uma agenda colaborativa entre a TrendsCE, a Assembleia Legislativa, Conselho de Altos Estudos, órgãos governamentais, setor industrial e agentes locais, a fim de gerar resultados de impacto para o crescimento e desenvolvimento da economia cearense.
De acordo com Evandro Leitão, presidente da Assembleia, o Move Ceará tem sido importante na escuta dos representantes dos setores produtivos de todas as macrorregiões cearenses. “Dentro desse cenário de retomada em que a pandemia perde força, essa é uma etapa fundamental para não apenas conhecermos as demandas, mas também traçar estratégias junto aos atores da iniciativa privada e a geração de empregos.”
Além de todo o conteúdo do Move, como as salas de discussão, os participantes, meios para interagir com os palestrantes, a revista eletrônica traz toda a clipagem, isto é, todo o material que saiu na imprensa.
Entre os benefícios da revista eletrônica para os eventos, Gurjão apontou o legado, ou seja, o registro do que foi feito; a mobilidade, que é a facilidade de acessar o encontro por meio de qualquer plataforma (smartfone, desktop); a interação, que é poder falar com as pessoas; a convergência de ter tudo em um lugar só; a perenidade e a praticidade.
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