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Dados do Índice Global das Empresas Familiares mostram que 10 companhias brasileiras familiares estão listadas na bolsa de valores. (Foto: Envato Elements)

Índice aponta que empresas familiares geram US$ 7,28 trilhões no mundo

Por: Luís Ronaldo Soares | Em:
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Conforme o índice global de empresas familiares, as 500 maiores empresas familiares do mundo, em conjunto, geraram US$ 7,28 trilhões em receitas e empregaram 24,1 milhões de pessoas em 2021.


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Apesar dos números exitosos, um estudo global da PwC destaca que apenas 36% de companhias do tipo vão à segunda geração. Nas seguintes, esse número se reduz ainda mais: 19% sobrevivem à terceira e 7%, à quarta. Além disso, de 282 companhias familiares brasileiras, apenas 16% delas afirmam nunca ter tido uma discordância entre os membros. Já 13% declararam que os confrontos são regulares. 

Esses conflitos, segundo Helena Rocha, sócia da PwC Brasil, põem em xeque a sucessão do comando corporativo para a próxima geração. Além disso, a questão do apego pelo negócio criado pode dificultar a transição de gestão.

“Às vezes, é muito difícil, principalmente para o fundador, largar a função e o negócio que ele criou. Então, é importante que essa pessoa que está passando o bastão encontre um propósito, que pode ser uma causa social ou fazer parte do conselho administrativo”.

Pensando nessas dificuldades, um plano de transição pode ajudar na continuidade dos negócios de família. De acordo com a PwC, apenas 24% dos membros da geração atual no comando das empresas familiares brasileiras têm um plano de sucessão robusto.

Dados do Índice Global das Empresas Familiares mostram que 10 companhias brasileiras familiares estão listadas na bolsa de valores. Porém, apenas 3 – CSN, Magazine Luiza e Energisa – têm os CEO’s familiares.

Nas outras sete, os comandantes dos negócios são de fora da família. Mas isso não quer dizer que as famílias donas desses impérios não estejam ligadas à sucessão. Para fugir dos conflitos, os familiares podem, ao invés de disputar a sucessão do comando, atuar como investidores.

O advogado especialista em governança corporativa e professor da USP, Carlos Portugal Gouvêa explica que é um comportamento normal entre fundadores de companhias de grande porte nos Estados Unidos terem em torno de 5% do total de ações das empresas familiares.

Isso quer dizer que ao vender uma parte do patrimônio das companhias, essas famílias estão diversificando o seu patrimônio. Desse modo, os herdeiros não serão mais donos daquela companhia e irão atuar como investidores daquela empresa. “E aí se cria, geralmente, uma estrutura que eu chamaria de family office, na qual a família passa a operar o patrimônio como se fosse um fundo de investimento”, explica Gouvêa.

Fonte: CNN Brasil

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