O coração tecnológico de toda empresa tem nome e sobrenome: data center, ou, se preferir, centro de processamento de dados. Em tempos de aceleração digital e agilidade na proliferação de informações, esses sistemas computacionais se tornaram “o novo petróleo” e mantêm toda a engrenagem funcionando. Por isso, com a aproximação da estação mais quente do ano, atentar-se às altas temperaturas é essencial para evitar danos estruturais e internos nos equipamentos e, principalmente, a perda de dados.
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Nos data centers estão localizados dispositivos de processamento e armazenamento que cuidam de todas as informações de uma companhia, como dados sobre clientes, funcionários etc. A estrutura da central de dados é física e abriga switches, servidores, roteadores e storages. Seu tamanho varia e pode incluir milhares de servidores e bancos de dados.
Para se ter uma ideia da importância de manter o controle da umidade e da temperatura desses locais, um dos principais data centers do Twitter, localizado em Sacramento, na Califórnia, parou de funcionar recentemente devido às altas temperaturas que o estado enfrentou.
Inclusive, como uma organização de referência, a Sociedade Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar-Condicionado (ASHRAE) criou um conjunto de diretrizes térmicas. É necessário, por exemplo, que o ambiente mantenha a umidade relativa do ar entre 45% e 55% e a temperatura inferior a 30 °C. Além disso, a norma ISO/IEC nº 11.801, de cabeamento estruturado para telecomunicações, preza, ainda, a conservação de hardwares em ambientes com temperatura entre −10 °C e 60 °C e sem contato com a umidade ou com outros elementos corrosivos.
Diante de todo o contexto, listamos alguns dos principais problemas causados pela falta de controle de temperatura e de umidade nos ambientes de um data center:
Quando a umidade relativa do ar está alta, há mais chances de oxidação no cabeamento dos servidores. Assim, o sistema pode sofrer com o downtime, que é o tempo de inatividade de um servidor. Isso impede que este processe as informações e causa, então, prejuízos financeiros às empresas. Foi o caso do data center do Facebook, em 2011. O primeiro centro de dados da empresa registrou umidade de 95%, o que acarretou em diversos hardwares estourados e servidores perdidos.
Em ambientes como esses, as chances de serem registradas temperaturas de 60°C são altas. Por isso, é necessário realizar a climatização correta. Se medidas nesse sentido não forem tomadas, um curto-circuito nos servidores pode causar incêndios, os quais podem se espalhar rapidamente pelo local.
Perdas estruturais e financeiras são inevitáveis quando algum problema grave ocorre em data centers. Os incidentes não são incomuns e prejuízos imensuráveis acontecem. No ano passado, por exemplo, a Amazon Web Services (AWS) teve uma das suas zonas de disponibilidade em Frankfurt desligada durante cerca de três horas, quando os sistemas de circulação de ar do data center falharam. O incidente aumentou quando um sistema de supressão de incêndio foi acionado e o data center teve que ser evacuado. O sistema de supressão de incêndio removeu o oxigênio do ar, por isso, por um período de mais ou menos uma hora, a equipe não conseguiu entrar no data hall para consertar a falha, deixando a paralisação ainda mais longa.
Como se vê, os data centers refletem diretamente em todos os setores de uma empresa. Portanto, garantir que esses ambientes sejam bem-estruturados e privilegiem o controle de temperatura e umidade permite que o negócio funcione de forma plena e segura.
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