Terminou, nesta terça-feira (17), a NRF 2023 – Retail’s Big Show, principal evento de varejo do mundo. O encontro aconteceu em Nova York, e foi organizado pela National Retail Federation (NRF), entidade reguladora do setor nos Estados Unidos.
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Na edição deste ano, foram abordados temas importantes, tais como: sustentabilidade, experiência no varejo, inovações digitais, entre as quais, o metaverso, e outros assuntos atuais. Ao todo, a feira contou com mais de 350 palestrantes e 800 expositores das principais marcas mundiais.
Entre os assuntos debatidos, o futuro das lojas físicas e o metaverso ganharam destaque. As primeiras plataformas do metaverso já estão transformando a maneira com que as pessoas interagem e trocam experiencias através de novos espaços virtuais imersivos. As marcas, por sua vez, estão abraçando esses espaços como uma forma de criar comunidade e se conectar.
Na palestra, os porta-vozes da Tommy Hilfinger e da Nars, se juntaram ao representante do Roblox. O principal assunto debatido foi a maneira com que as empresas estão manejando o posicionamento de marca ao investir nesses novos formatos.
Futuro do Varejo
Além da palestra de Tommy Hilfinger e da Nars, outra conversa abordou o futuro do varejo. Roberto Funari, CEO da Alpargatas, o italiano Giorgio Pradi, presidente da Sunglasshut e o host, também brasileiro, Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail, falaram sobre as mudanças do setor.
De acordo com o portal Meio e Mensagem, Serrentino iniciou lembrando que as lojas precisam ser reinventadas, uma vez que, hoje, se tornaram, entre outras coisas, hubs logísticos das marcas, e é preciso que tenham uma conexão muito mais forte com customer relationship management(CRM), o que, por sua vez, também demanda novos indicadores de performance, ou KPIs.
“Reinventar a loja demanda reinventar o modelo de negócio e isso começa com cultura, em desafiar os KPIs atuais”,
Alberto Serrentino, presidente da Sunglasshut
Novos consumidores
Uma outra conversa abordou a forma de consumir do futuro, mais especificamente, como a nova geração irá interagir com o setor. Martin Urrutia Islas, head global de experiência de varejo da Lego, falou que as novas gerações de “consumidores não mudam tanto, pois, como seres humanos, todos gostamos de viver momentos surpreendentes e de um bom storytelling”.
Ainda para Martin Urrutia o digital, quanto ao e-commerce, é visto como mais uma forma de a marca conseguir conexão com um número maior de shoppers.
Em Fortaleza, a TrendsCE conversou com a consultora de Marketing e professora da Pós Graduação da Universidade de Fortaleza (Unifor), Gal Kury, sobre como deve se comportar o consumidor brasileiro neste ano. De acordo com a especialista, deverá ser parecido com o ano de 2022, “pois estamos vivenciando algumas tendências em processo de consolidação”.
Segundo ela, o marketing de influência, cada vez mais pulverizado, continua em alta. Um estudo da Nielsen mostra que o Brasil, em 2022, chegou à incrível marca de 500 mil influenciadores com pelo menos 10 mil seguidores. Dados mostram que 55% das pessoas que seguem influencers já compraram por indicação desses profissionais.
Personalização da experiência
Outra questão interessante para observar, aponta Gal Kury, é que a personalização da experiência, tratando o cliente como único, vai encontrando novos formatos e, com o auxílio da tecnologia, se incorpora em nossa rotina. “As empresas buscam formas de ouvir o consumidor, conhecê-lo e assim conseguir chegar ao que chamamos de Customer Success. Você quer ser recompensado pela sua fidelidade à uma marca. Você quer ser reconhecido”, destaca.
Gal pontua ainda que o consumidor aprecia e quer a tecnologia como uma aliada que lhe traz tempo, praticidade e economia. “A estratégia omnichannel neste sentido, continua em destaque, unificando e integrando os diversos pontos de contato para que a jornada do cliente seja a mais fluida possível”, explica.
De acordo com ela, o social commerce, – quando as marcas usam as mídias sociais para vender seus produtos ou serviços – segue em destaque.
“O smartphone é o grande astro, concentrando a ação de comprar, conversar, se informar, fazer negócios, pagar contas, enfim, o dia a dia em convergência na palma da sua mão. Para quem lida com atendimento, a ideia é humanizar cada vez mais, o que parece um grande desafio em meio a escalada da tecnologia e algoritmos”,.
Gal Kury, consultora de Marketing
Gal acredita que a pandemia ainda apresenta algum efeito sobre a forma de consumir, pois, segundo ela, incorporamos hábitos tais como, trabalho híbrido ou remoto e comprar tudo on line. Os supermercados, aponta a especialistas, tiveram um aumento muito considerável nessa nova forma de comprar.
Entre os serviços que deverão ser mais buscados pelos consumidores em 2023, Gal indica as compras on line, pequenas indulgências como comidinhas, doces, bares e restaurante que promovem experiencias, além de shows, festas, viagens e serviços on line, mais baratos e mais práticos.
Quanto a forma de pagamento desses consumidores, Gal explica que o brasileiro já se familiarizou com QR CODES, links de pagamento, PIX, CHATBOTS/robôs de atendimento que “resolvem” estas questões e, é claro, o onipresente cartão de crédito, porém em versão digital ou pelo smartphone. “Ninguém anda mais com dinheiro em espécie. É preciso falar a língua do consumidor”, diz.
Com informações do portal Meio e Mensagem
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