Quem nunca sonhou com uma smart home? O que até bem pouco tempo era apenas fruto da imaginação – e aliás bem fértil – hoje é mais que uma realidade e está presente em todo o mundo. Conforto, praticidade e segurança são o triângulo da base de um mercado cada vez mais pujante e que deve crescer ainda mais com o advento de novas tecnologias, sobretudo em consequência do 5G: as smart homes, também conhecidas como casas conectadas ou inteligentes, cada vez mais cobiçadas. Embora inacessível para a grande maioria atualmente devido aos custos, o crescimento do mercado é uma realidade para os próximos anos, principalmente com o barateamento esperado dos equipamentos tecnológicos.
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O impacto do Covid-19 em todo o mundo foi algo sem precedente, com a automação residencial testemunhando crescimento significativo na demanda em todas as regiões em meio à pandemia. O mercado global de smart home apresentou um crescimento significativo de 11,9% em 2020 em comparação com o crescimento médio ano a ano durante 2017-2019.
Os sistemas de automação residencial controlam e monitoram as operações domésticas com dispositivos e eletrodomésticos inteligentes conectados. Tais dispositivos inteligentes e inovadores oferecem segurança, conveniência, economia eficiente de energia, produtos de baixo custo de serviços públicos e muito mais para os usuários em todo o mundo.
É esperado que a tecnologia propicie o crescimento do mercado de automação residencial. Da mesma forma, estima-se que o aumento da casa própria por parte da geração do milênio e o aumento da renda disponível entre as pessoas nos países desenvolvidos impulsionem a demanda doméstica automatizada.
Em 2026, de acordo com estudo da Fortune Business Insights, a previsão de receita no Brasil no mercado de smart home é de US$ 2,41 bilhões, crescimento de 91,06% em relação a 2022, cujo volume estimado é de US$ 1,26 bilhão. A estimativa de 2022, em comparação com 2017, quando a receita esperada foi de US$ 344,8 milhões, representa crescimento da ordem de 267,73%. No mundo, a perspectiva para o mercado de automação residencial é aumentar dos atuais US$ 72,10 bilhões (número de 2021) para US$ 163,24 bilhões, isso em 2028. A taxa de crescimento anual composta (CAGR) está em 12,3%, sendo a América do Norte a líder, com 42,8%.
Outro estudo realizado pelo “Smart Home Appliances – Global Market Trajectory & Analytics” e publicado pela Research and Markets, traz números sobre itens de dispositivos como smart TVs, purificadores, geladeiras e máquinas de lavar inteligentes, entre outros. Além disso, reúne dados sobre o aumento do uso de eletrodomésticos inteligentes em vários mercados. O relatório afirma que “o mercado de eletrodomésticos inteligentes está registrando um crescimento saudável, impulsionado pelo número crescente de casas inteligentes em todo o mundo e os avanços da automação residencial”. Outros fatores explicam o crescimento desse mercado: o desenvolvimento da comunicação sem fio e infraestrutura de TI, que facilitam a integração dos dispositivos, e o avanço da tecnologia de Internet das Coisas (IoT).
Os eletrodomésticos são os destaques do estudo. O segmento de máquinas de lavar inteligentes apresenta CAGR de 13,6%, chegando a um volume de negócios de US$ 25,2 bilhões, até 2026. No caso dos purificadores de ar inteligentes, que respondem por 20% do mercado de smart home appliances, a estimativa é de uma evolução de 15,4% da CAGR.
“As máquinas de lavar inteligentes lideram o mercado, apoiadas pela crescente penetração da Internet e dos smartphones. A conveniência e o luxo associados a esses aparelhos estão impulsionando sua demanda (Research and Markets)”.
A projeção do relatório da Research and Markets é que o segmento de smart TV alcance, até 2026, a cifra de US$ 18 bilhões, com uma CAGR de 13,9%. Juntos, os mercados dos Estados Unidos, Canadá, Japão, China e Europa somarão US$ 14,8 bilhões, contra os US$ 5,8 bilhões verificados em 2020. A China será o país que mais vai crescer no período analisado: a estimativa é que o mercado do país atinja a quantia de US$ 15,7 bilhões em 2026, com um CAGR de 17,5%.
Já para o Japão e Canadá, a projeção do estudo é que o mercado de smart home appliances avance, respectivamente, 11% e 13%. No caso da Alemanha, a estimativa é de um crescimento de 12%. O resto do mercado europeu (sem a Alemanha) vai atingir US$ 6,1 bilhões até 2026. Já para os Estados Unidos, o estudo estima um mercado de eletrodomésticos inteligentes de US$ 8,6 bilhões. Atualmente, de acordo com o relatório, o país representa 23,7% do mercado global de eletrodomésticos inteligentes.
Países que mais usam dispositivos smart home
Uma outra pesquisa, realizada em dezembro de 2021, aponta quais são os países que mais usam dispositivos domésticos inteligentes. A partir do que foi levantado pela DatarePortal e pela GWI, o Reino Unido é líder, com uma participação de 24,9% de usuários, representando quase o dobro da média mundial.
Outros países que estão entre os principais usuários são: Irlanda (22,2%), Canadá (21,2%), Estados Unidos (20,2%), China (18,6%), Turquia (17,1%), Itália (17%) e Espanha (17%). Por outro lado, o Brasil está em uma posição bem mais abaixo, com apenas 8,1%. Além do Brasil, outros países que estão abaixo da média mundial são Holanda (13,4%), Índia (13,1%) Alemanha (10,6%), Portugal (6,5%) e Japão (4,2%).