A primeira molécula de Hidrogênio Verde (H2V) produzida no Brasil foi lançada nesta quinta-feira, 19, no Complexo Termelétrico do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, a 64 quilômetros de Fortaleza. O evento consagra a etapa estratégica do desenvolvimento do projeto piloto de H2V, que tem à frente a EDP Brasil e parceiras.
Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, esteve presente na solenidade, ao lado do governador do Ceará, Elmano de Freitas, do CEO da EDP Brasil, João Marques da Cruz, e do embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, entre outras autoridades.
Em sua primeira viagem como ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira destacou que esta área é uma das fortes apostas do novo Governo Federal.
“A agenda de transição energética terá absoluta prioridade, pela sua importância para o desenvolvimento social, econômico e industrial do nosso país. Além de fazer parte da nossa contribuição internacional para a redução das emissões de gases de efeito estufa nos âmbitos do Acordo de Paris”.
O governador Elmano de Freitas classificou como “um dia histórico para o Ceará” e agradeceu ao governo cearense anterior e à EDP Brasil pelo investimento.
“Agora, com nosso ministro de Minas e Energia aqui presente, demonstrando que estaremos de mãos dadas com o setor privado para desenvolver a possiblidade de termos uma grande indústria de hidrogênio verde para o Brasil e para o mundo”.
Com investimento de R$ 42 milhões, a unidade instalada no Complexo do Pecém é a primeira do Ceará, da América Latina e a primeira do Grupo EDP. De acordo com o CEO da EDP, João Marques da Cruz, o Ceará foi escolhido pela empresa para abrigar a primeira planta de hidrogênio verde no Brasil por reunir características estratégicas. E apontou o excepcional potencial solar e eólico, a localização e a infraestrutura para o escoamento do H2V ao mercado internacional.
Produção de Hidrogênio Verde
Considerado um combustível universal, o hidrogênio, em sua versão verde, pode ser obtido ao se utilizar energia renovável, como é o caso da energia eólica, da energia solar/fotovoltaica e do processo de separação da molécula de hidrogênio da molécula de oxigênio existente na água.
A planta de Hidrogênio Verde (Pecém H2V) da EDP é um projeto de Pesquisa & Desenvolvimento da UTE Pecém. Contempla uma usina solar com capacidade de 3 MW e um módulo eletrolisador de última geração para produção do combustível com garantia de origem renovável, com capacidade de produzir 250 Nm3/h do gás.
Futuro
Além do projeto piloto da EDP Brasil, o Governo do Ceará, acionista majoritário do Complexo do Pecém, já assinou 24 Memorandos de Entendimento (MoU) para a implantação de projetos de Hidrogênio Verde, principalmente na área da Zona de Processamento de Exportação (ZPE).
A produção da EDP Brasil é um piloto do que pode ser executado pelas 24 empresas que já firmaram memorando. Três desses memorandos já evoluíram para pré–contratos. O primeiro deles foi assinado com a multinacional australiana Fortescue Metals Group em junho de 2022.
Saiba mais:
EDP produz primeira molécula de Hidrogênio Verde no Brasil
Alemanha busca parceria com universidades brasileiras para hidrogênio verde