O hidrogênio verde (H2V) tem grande potencial como fonte de energia. Também é considerado indispensável para que o setor industrial consiga diminuir suas emissões dos gases do efeito estufa, principalmente, em setores de difícil abatimento de carbono, como aço, cimento e transporte marítimo. Mas ainda há muitas barreiras a serem superadas para se chegar a um cenário de aproveitamento efetivo de oportunidades.
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Segundo estimativas da consultoria McKinsey, superados os obstáculos, o H2V pode render ao Brasil de US$ 15 bilhões a US$ 20 bilhões. E isso tem motivado grandes empresas a já começarem a fazer suas apostas em solo brasileiro.
No Ceará, a EDP já produziu sua primeira molécula de H2V na unidade de São Gonçalo do Amarante, no HUB do Pecém. Na Bahia, a Thyssenkrupp fechou contrato com a Unigel para fornecer tecnologia e planta de eletrólise à unidade no Polo Industrial de Camaçari. A fase 1 do projeto prevê US$ 120 milhões e deve ficar pronta no final deste ano.
Em Pernambuco, a White Martins iniciou a produção de H2V, com certificação feita pela agência alemã TÜV Rheinland. A planta tem capacidade para fornecer 156 toneladas por ano. Ao todo, o Brasil possui ao menos US$ 22 bilhões em investimentos em H2V já prometidos em 3 hubs, incluindo ainda o Porto de Açu no Rio de Janeiro
Especialistas dizem que se o Brasil aproveitar suas potencialidades, como abundância de energia elétrica limpa, pode se transformar em um grande fornecedor global de hidrogênio verde embarcado, isto é, exportando produtos feitos com uso de H2V, como aço verde. Desta forma, o país deixaria de ser um mero exportador de commodities e usaria o H2V para agregar valor a produtos industriais.
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