Para o especialista João Justo, diretor de Operações da NINNA Hub, o metaverso já é uma realidade no mercado de eventos. (Foto: Envato Elements)
O Metaverso já é realidade no mercado de eventos. Rogério Fernandez, fundador da Showdesign empresa que cria experiências em eventos, afirma que o Metaverso está sendo usado com timidez, em cerca de 5% de sua real capacidade.
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“É como se estivéssemos em uma fase de validação. Ainda falta muito hardware, e equipamento para acontecer de forma correta”.
Em entrevista a TrendsCE, João Justo, COO (Chief Operation Officer) da NINNA Hub, ao ser perguntado se o metaverso já está sendo uma realidade no mercado de eventos e de como está sendo utilizado, afirmou. “Sim, o metaverso já vem sendo testado e inclusive utilizado para eventos, onde alguns exemplos são: Web Summit, a South by Southwest (SXSW), a Consumer Electronics Show (CES), feiras de negócios como, CES Asia e a GDC Online, além de exposições artísticas como a Virtual Futures Salon. Além disso, algumas empresas também estão realizando eventos internos no metaverso, como treinamentos, reuniões e celebrações”.
João Justo afirma, ainda, quais são as mudanças que a tecnologia pode trazer para os produtores de eventos e lista os seguintes pontos:
Maior acessibilidade: Os eventos virtuais no metaverso podem ser acessados por pessoas de todo o mundo, sem a necessidade de viagens ou deslocamentos físicos, além de permitir um nível de interação maior entre os participantes.
Experiências mais imersivas: Os produtores de eventos podem criar ambientes virtuais altamente imersivos e interativos, o que pode aumentar a satisfação, otimizar e a experiência dos participantes, e aumentar a participação de pessoas.
Novas fontes de receita: O metaverso pode abrir novas oportunidades de monetização, como a venda de itens NFTs do evento, acessórios para avatares únicos e experiências extras de interação na continuidade do evento, gerando maior curva de engajamento.
Redução de custos: A realização de eventos no metaverso pode significar uma redução nos custos de logística e produção, como aluguel de espaço, equipamentos, transporte, hospedagem, equipe e etc., uma vez que o mesmo roda em uma plataforma e não necessita de uma estrutura gigante para rodar como em um evento físico.
Dados e análise: Os eventos no metaverso podem fornecer dados valiosos sobre o comportamento dos participantes, o que pode ser usado para melhorar futuros eventos e personalizar a experiência dos participantes, algo que é muito difícil de ser capturado em eventos offline e que dificulta o trabalho dos produtores para cada evento, gerando um alto custo de CAC (Custo de aquisição de clientes), atritos e falsificações, por exemplo.
De acordo com o diretor de Operações da NINNA Hub, essa nova tecnologia poderá impactar o setor ajudando na elaboração e construção de um evento, fazendo com que as empresas tenham que se reinventar.
“Os impactos dessa nova tecnologia para o setor vão desde a composição de time, uma vez que a demanda por especialistas na tecnologia para construção do evento se torna mandatório, a redução da complexidade para se realizar um evento, a facilidade em popularizar eventos e dar acesso, uma vez que o mesmo pode ser acessado de qualquer lugar do mundo, além do comportamento do cliente, uma vez que temos a perspectiva de achatamento da curva de faixa etária da população, onde no futuro, os nascentes digitais serão maioria, sendo esse modelo mais atrativo para eles, além da possibilidade de modelos híbridos de evento (online/offline), tendo possibilidades para todos os gostos”.
O mercado de eventos aguarda ansiosamente pelo desenvolvimento e aprimoramento do metaverso na área, pois identifica uma série de benefícios que a plataforma poderá trazer num futuro próximo.
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