Segurança: como a tecnologia auxilia na prevenção de crimes

O mercado de segurança eletrônica registrou faturamento de R$ 9,24 bi em 2022, e a previsão é que o bom desempenho se mantenha em 2023 (Foto: Envato Elements)

Segurança: como a tecnologia auxilia na prevenção de crimes

Por: Sara Café | Em:
Tags:

A promoção de ecossistemas 4.0 abre novos mercados para o setor de segurança que caminha na transversal e fomenta projetos em diferentes verticais, oferecendo soluções inovadoras, mais eficazes e sofisticadas para proteger pessoas, propriedades e informações.


Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente.


O mercado de segurança eletrônica registrou um faturamento de R$ 9,24 bilhões em 2022 no Brasil e a previsão é que o bom desempenho se mantenha em 2023, com expectativa de crescimento de 18%, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese).

Experiências e casos bem sucedidos no país e no exterior mostram que tecnologias como câmeras de vigilância, inteligência artificial, integração de dados, analytics e softwares de reconhecimento facial podem contribuir de forma importante para melhoria da sensação de segurança e na redução dos índices de violência.

Investimentos em soluções de segurança

A procura por soluções de segurança voltadas às novas demandas surgidas com a pandemia de Covid-19 aumentou 40%, entre indústrias, distribuidores e prestadores de serviço de todo o país nos meses de abril e maio de 2020, segundo pesquisa da Abese.

A segurança privada, que tinha como base o capital humano, teve que se adequar às imposições da pandemia exigindo a criação de novas estratégias, é o que avalia Ricardo Bacci, Head de soluções eletrônicas do Grupo GR, empresa com 22 anos de experiência no mercado de segurança patrimonial.

“Nos últimos dois anos, pudemos notar como a tecnologia contribuiu com nosso setor. A tendência é que o uso de novas soluções ganhe cada vez mais espaço e cresça de forma gradual para que atinja 100% do nosso público. Um grande atrativo para isso é a possibilidade de diminuição nos custos da operação. Em geral, a redução gira em torno de 30%, mas há situações em que essa economia pode chegar a mais de 60%”

Ricardo Bacci, do Grupo GR

O estudo da Abese ouviu 227 empresas, o que equivale a cerca de 2% do setor, e mostrou que a segurança eletrônica faturou R$ 9,24 bilhões em 2021, o mercado manteve o ritmo e cresceu 14%, superando os resultados do ano anterior (13%).

Os números refletem o aumento da adesão de soluções inteligentes como a implantação de câmeras corporais (body cams), os equipamentos touchless e câmeras com reconhecimento facial e uso de máscaras, os drones, o rastreamento de frotas e veículos, bem como a retomada de projetos que estavam paralisados ou que surgiram nos últimos 12 meses.

O levantamento mostra que o setor é composto por mais de 33 mil empresas que juntas são responsáveis pela promoção de mais de 350 mil empregos diretos e mais de 2 milhões e meio de empregos indiretos, mas apesar disso, a presidente da Abese, Selma Migliori, lamenta que sobram vagas pela falta de mão de obra qualificada.

“A adesão do consumidor pelas tecnologias de segurança eletrônica é notável, estamos caminhando para um ecossistema de cidades inteligentes e o crescimento do setor mostra isso. Contudo, ainda existem desafios a serem superados, como a falta de mão de obra. A oferta de vagas é tamanha que nós estamos ampliando nosso programa de qualificação profissional através da Academia Abese

Selma Migliori , presidente da Abese

A Avantia, desenvolvedora de tecnologia para segurança eletrônica, com aproximadamente 50 empresas do mercado brasileiro, concluiu que 45% das organizações pretendem aumentar seus investimentos em segurança, destacando que 43% delas planejam direcionar o aumento dos recursos para potencializar, especificamente, a tecnologia de seus dispositivos e sistemas de vigilância.

Por isso, buscar por novos produtos e softwares com a finalidade de manter a vanguarda tecnológica no Brasil é o objetivo dos irmãos Gaudêncio e Carlos Gualter Lucena, executivos do Grupo Corpvs. A companhia adquiriu a carteira de clientes dos segmentos de monitoramento eletrônico, alarmes e CFTV privado da empresa Locktec Tecnologia em Segurança Integrada e serviços em telemetria avançada com a Consigaz Distribuidora de Gás Ltda.

“A nossa solução em telemetria utiliza inteligência artificial para análise de dados e otimização de recursos. O resultado é percebido em pouco tempo com redução de custos no consumo de combustível e na manutenção da frota”

Carlos Gualter Lucena, CCO do Grupo Corpvs

Para o CEO do Grupo Corpvs, Gaudêncio Lucena, as empresas têm experiência, força econômica e respeito no mercado, e agora trazem mais maturidade e eficácia com tecnologia. “O século XXI é fortemente marcado pelo uso de recursos tecnológicos, portanto a Corpvs não poderia deixar de estar na vanguarda desse movimento.”

Os crimes virtuais também estão em pauta nas organizações. O “Relatório de investigações de violação da Verizon de 2022” destacou que 82% das violações de cibersegurança foram causadas pelo ‘elemento humano’. E ainda de acordo com a pesquisa Global Digital Trust Insights Survey, de cada 10 empresas no Brasil, 8 afirmam que terão foco contínuo em segurança cibernética.

O movimento segue as consequências da grande exposição digital e das obrigações impostas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que exigem que as corporações adotem uma nova postura frente ao uso de dados pessoais e sensíveis dos titulares de dados. “Quando uma empresa está adequada à LGPD, ela tem mais chances de se manter ativa, porque ganha a confiança de seus clientes e dos investidores”, disse Fabrizio Alves, CEO da Vantix, empresa de soluções para segurança, proteção de dados e privacidade.

Automação em segurança traz benefícios para pessoas e empresas

A automação dos sistemas permite que a segurança privada e patrimonial seja feita de forma digital e integrada. Confira os principais efeitos da adesão às tecnologias na segurança eletrônica:

1 – Otimização de processos

Com sistemas analíticos de videomonitoramento dotados de inteligência artificial é possível monitorar e alertar, em tempo real, sobre processos fora da conformidade, diminuindo a possibilidade de danos e prejuízos futuros. A tecnologia consegue identificar padrões de movimentos, abusos de períodos de permanência e pode ser utilizada também para fiscalizar a chegada e a saída de veículos em um determinado local.

2 – Melhor aproveitamento de recursos

Controle de acesso, comando por voz, biometria e portaria remota são alguns exemplos de mecanismos que possibilitam a segurança relacionada à entrada e à circulação de pessoas em ambientes particulares, de forma simultânea, permitindo que vigilantes entrem em ação imediatamente. A inteligência artificial aplicada aos dispositivos também evita o acionamento de falsos alarmes, o que impede deslocamentos desnecessários do time.

3 – Humanização da segurança

A integração de novos dispositivos de segurança eletrônica permite que sejam mitigados erros e falhas de proteção. Para contribuir com processos de segurança cada vez mais justos e humanizados, a aquisição de bodycams segue em tendência de crescimento, tanto em equipamentos públicos como privados.

Tendências tecnológicas no setor segurança

Investir em tecnologia na segurança é uma forma de elevar o grau de proteção, uma vez que sistemas inteligentes para controle de acesso, bem como câmeras e alarmes, funcionam como uma “dupla checagem”, identificando irregularidades que mesmo os olhos atentos dos vigilantes não seriam capazes de perceber imediatamente. Conheça os recursos tecnológicos que tem contribuído com a segurança no dia a dia:

  • Câmeras IP: equipamentos digitais com alta resolução que, por possuírem o seu próprio endereço IP, conectam-se diretamente a uma rede de computadores e à internet, permitindo a monitoração remota em tempo real e armazenamento de vídeos.
  • Sensores de movimento: Sensores de movimento são usados para detectar atividades anômalas e enviar alertas para os responsáveis pela segurança.
  • Sistemas de alarme: podem ser controlados remotamente e enviar alertas para dispositivos móveis dos responsáveis pela segurança.
  • Armazenamento em nuvem: manter as informações alocadas em servidores distantes do local onde os dados foram produzidos, oferece maior segurança aos dados e a não necessidade de realização de backups e atualizações.
  • Análise de vídeo inteligente: permite que as câmeras de segurança identifiquem automaticamente padrões de comportamento suspeitos, como a detecção de intrusos ou objetos abandonados.
  • Reconhecimento facial: é uma tecnologia que permite a identificação automática de pessoas com base em suas imagens faciais.
  • Criptografia: tecnologia que protege informações confidenciais, como dados financeiros ou de saúde, contra acesso não autorizado.
  • Autenticação de dois fatores: medida de segurança adicional que requer a confirmação de duas formas distintas de identificação antes de permitir o acesso a uma conta ou sistema.

Saiba mais:

Tecnologias que estarão em alta em 2023

Cenários desta quinta (16) aborda cibersegurança no Brasil

A tradução dos conteúdos é realizada automaticamente pelo Gtranslate.

Top 5: Mais lidas