Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que as indústrias que migrarem para o mercado livre de energia vão economizar, em média, de 15% a 20% na conta de luz. Uma portaria editada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) estabelece que as empresas de enquadramento tarifário de alta tensão poderão migrar para o mercado livre a partir de 1º de janeiro de 2024.
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“Este ano de 2023 será́ para estudar o mercado, planejar e fazer contas sobre a viabilidade de ingressar no mercado livre. Mais de 40 mil indústrias terão condições de migrar a partir de 2024.”
Roberto Wagner Pereira, especialista da CNI em Energia
Ainda pela pesquisa, mais da metade das empresas de alta tensão que são obrigadas a comprar energia junto as concessionárias desejam migrar para o mercado livre a partir de 2024. A Pesquisa foi realizada em outubro de 2022 com 2.016 empresas, sendo 794 pequenas, 724 médias e 498 grandes indústrias. Atualmente, cerca de 10 mil empresas industriais operam no modelo em que o consumidor negocia direta e livremente com as geradoras ou comercializadoras de energia.
De acordo com a Sondagem Especial Industria e Energia, 59% das grandes empresas obtêm fornecimento do mercado livre, sendo 52% exclusivamente desse mercado. Entre as indústrias de médio porte, 57% estão no sistema cativo, ante 25% que consomem energia exclusivamente via mercado livre. Já entre as pequenas empresas, 70% obtêm energia do mercado cativo e apenas 6% estão totalmente no mercado livre.
Os números da sondagem mostram que, entre as grandes empresas, 59% afirmam que há possibilidade de migrar para o mercado livre. Entre as indústrias de médio porte, o índice vai a 61% e, entre as pequenas empresas, 48% indicam a possibilidade de migrar. A energia elétrica é a principal fonte de energia para 78% das indústrias brasileiras, seguida por óleo diesel (4%), gás natural (4%), lenha (3%) e bagaço de cana (2%). Entre as regiões brasileiras, o Sul apresentou maior percentual de empresas apontando a energia elétrica como a fonte principal (85%).
*Com informação da Assessoria de Imprensa da CNI
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