A pesquisa revela que a indústria extrativa é o setor onde as mulheres tem o maior salário, com média mensal de R$7.165,38. (Foto: Envato Elements)
A equivalência salarial entre mulheres e homens que exercem as mesmas funções na indústria paulista somente deve acontecer em 2035, revela pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), divulgada na última segunda-feira (06). As trabalhadoras da indústria de São Paulo recebem, em média, R$ 3.294,75 por mês, valor 14,7% menor que a média dos homens do setor (R$ 3.863,68 por mês). Essa disparidade vem se reduzindo gradativamente desde o início da série, em 2006, quando a diferença salarial era de 30,5%.
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A indústria extrativa é o setor onde as mulheres tem o maior salário, com média mensal de R$7.165,38, o que representa índice de 27% maior que o recebido pelos homens, que representam 88% do setor. No entanto, na indústria de transformação elas recebem 22,7% a menos do que eles, respectivamente R$3.272,7 e R$ 4.235,96. De acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) as mulheres com carteira assinada somam 736.473 de um total de 3.056.837 trabalhadores na indústria de São Paulo. No levantamento da Fiesp, este número indica que apenas 24% da mão de obra formal total é composta por mulheres.
Esta participação percentual, apesar de superior ao mesmo indicador de uma década atrás (23,5% em 2011), não é a maior, já que o pico ocorreu no ano de 2017 quando as mulheres representavam 24,6% do total de empregos formais no setor industrial paulista. Na análise dos dados do CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), as mulheres são a maioria em apenas dois setores: Confecção de artigos do vestuário e acessórios (72,7%) e Fabricação de produtos do fumo (51%).
Já os setores com menor participação feminina são: Obras de infraestrutura (8,8%); Extração de minerais não-metálicos (9,9%); e Serviços especializados para construção (9,5%). Em total absoluto, as principais ocupações do público feminino na indústria de São Paulo são: Alimentadora de linha de produção (97.346); Assistente administrativa (44.982); Auxiliar de escritório (43.635) e Faxineira (25.128).
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