No setor de tecnologia e inovação, área predominantemente ocupada por homens, ainda persiste uma grande lacuna de gênero. (Foto: Envato Elements)
O mercado de tecnologia e inovação no mundo é predominantemente masculino. Pesquisa realizada do UN Women’s Gender Snapshot 2022 revela que as mulheres ocupam apenas dois em cada 10 empregos em ciência, engenharia e tecnologia da informação e comunicação globalmente, representando apenas 16,5% dos inventores associados a uma patente.
Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente.
Objetivando proteger os direitos de meninas e mulheres em espaços digitais, bem como a violência baseada em gênero facilitada pelo ambiente on-line, a ONU Mulheres divulgou trabalho no Dia Internacional das Mulheres (08 de março) intitulado “Por um mundo digital inclusivo: inovação e tecnologia para a igualdade de gênero”.
A participação de mulheres ocupando cargos de liderança no mercado de trabalho, de acordo com o estudo, tem apresentado avanço, mas, de forma geral, em ritmo muito lento. No atual ritmo, a paridade não será alcançada por mais 140 anos.
No setor de tecnologia e inovação, ainda persiste uma grande lacuna de gênero. Embora as mulheres representem 33% da força de trabalho nas 20 maiores empresas globais da área em 2022, apenas uma em cada quatro está em posições de liderança.
O estudo “Women in Tech 2022″, realizado pela BairesDev, diz que as candidatas do sexo feminino no setor representaram uma média de 41% do total no período 2020-2021, um aumento de 400% em relação aos cinco anos anteriores.
Cristina Boris, diretora e sócia fundadora da Lanlink, empresa integradora de tecnologia da informação com atuação nacional, afirma que a tecnologia tem aberto espaços de maior interesse das mulheres na área de dados e programação, onde elas se destacam por serem mais detalhistas.
“Além disso, hoje, nem todas as aplicações necessitam de conhecimento muito aprofundado de programação, é possível trabalhar com soluções que programam para você, desde que defina exatamente o que deseja entregar ao usuário e, nessa parte de entender o outro, somos muito fortes.”
Cristina Boris, diretora e sócia fundadora da Lanlink.
De acordo com a empresa Catho, a média nacional de mulheres em empresas de TI é de 21%, já no mercado de programação de TI é de 12%. Com mais de 34 anos de história, a Lanlink tem duas mulheres entre os oito diretores, 33% dos cargos de gestão são ocupados por mulheres e, em geral, 22% dos colaboradores são mulheres.
Disparidade salarial entre homens e mulheres é de 14,7% na indústria paulista
Empregos digitais cresceram 4,9% no Brasil, revela pesquisa
