A Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura (FCPC) estão desenvolvendo um sistema que vai auxiliar na gestão da qualidade das imagens geradas por videomonitoramento, sobretudo nas rotinas de limpeza de câmeras. A ideia central é utilizar inteligência artificial para detecção automática de sujeira nas câmeras do Circuito Fechado de TV (CFTV), causada por fatores como maresia, névoa marinha e particulados, potencializados pela ação do vento. O trabalho entre as duas instituições tem o objetivo de aprimorar o sistema de videomonitoramento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, que conta com mais de 370 câmeras.
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Os primeiros resultados do desenvolvimento do sistema foram apresentados nesta semana. A tecnologia teve sua primeira fase concluída após mais de seis meses de trabalho por parte do Laboratório de Engenharia de Sistemas de Computação (LESC) da UFC, com a participação de pesquisadores, professores, alunos de doutorado, mestrado e graduação da Universidade, e também engenheiros e técnicos do Pecém. O projeto, idealizado pelo setor de manutenção do Complexo do Pecém, segue para a sua segunda etapa, que visa melhorar o sistema e a base de informações para que o mesmo possa virar um produto interno do porto.
O gerente de manutenção do Complexo do Pecém, Marco Ximenes, afirma que o principal objetivo do projeto é otimizar o sistema de videomonitoramento e aumentar a segurança do Porto do Pecém, permitindo uma maior eficiência nos trabalhos de limpeza e redução no tempo de atendimento pela manutenção. “Temos investido, nos últimos anos, para não só melhorar a qualidade de imagens, mas também a geração de dados. Passamos de 187 câmeras, em janeiro de 2018, para mais de 370, no mesmo período de 2023. Esse convênio, junto à UFC, é mais um passo importante que damos para tornar o videomonitoramento do Pecém ainda mais moderno e efetivo” – frisa.
Fábio Ribeiro, pesquisador e um dos integrantes do LESC/UFC, explicou que a primeira etapa do projeto obteve “resultados bem satisfatórios”, com a identificação da demanda de qualidade dentro do sistema de CFTV do Porto do Pecém. “Trata-se de um trabalho que envolveu pesquisa, dentro do mercado mundial, para identificação das técnicas para tal objetivo. Partimos, portanto, de conceitos pré-existentes e elaboramos algumas novas técnicas para poder identificar a qualidade das imagens, usando inteligência artificial, métricas de avaliação e algoritmos que simulam a classificação da visão humana”.
Ele adiantou que os próximos passos do projeto incluem: “re-rotulagem” para validação do modelo pelos avaliadores; incremento na base de dados das imagens; consolidação do modelo para produção; a evolução da interface com o usuário e a integração do sistema com os sistemas do Porto do Pecém.
*Com informações da Assessoria de Comunicação do Porto do Pecém e da UFC
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