Mônica Sodré, diretora executiva da RAPS, em análise para O Eco sobre o novo posicionamento do Brasil em relação à diplomacia internacional e a atual composição do Congresso, afirma que segue a prevalência de um alto nível de desconhecimento e despreparo entre os parlamentares no que se refere às questões relacionadas ao clima.
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“Um exemplo é o fato de que a maior parte das nossas emissões de gases do efeito estufa é decorrente de mudanças no uso da terra, mais especificamente o desmatamento.”
Mônica Sodré, diretora executiva da RAPS
Sodré também falou que quando perguntados sobre quais deveriam ser as medidas para frear as emissões, a grande maioria dos parlamentares citou o investimento em energias renováveis.
“Essa é também uma pauta importante, mas, em um país que tem tido dificuldades em conter o desmatamento como o Brasil nos últimos anos, com certeza não é a prioridade”, complementa Sodré.
Segundo O Eco, esse desconhecimento não é exclusivo da nova legislatura no Congresso brasileiro. O cenário já estava estruturado na última gestão, de acordo com estudo realizado pela RAPS que escutou cerca de 150 deputados federais e senadores sobre questões ambientais e do clima. Isto é, o cenário atual de desconhecimento da questão climática no parlamento não mudou.
“Os parlamentares precisarão compreender o papel de suas decisões para o agravamento de conflitos em relações comerciais e diplomáticas fundamentais, e esse é um aspecto que transcende o espectro político. Por isso é uma pauta que que precisa ir além de direita e esquerda”, completa Mônica Sodré.
*Com informações do O Eco.
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