Ícone do site TrendsCE

Cresce 63% em 11 anos o número de mulheres chefes de domicílio no Ceará

No período de 2012 a 2022, a proporção de mulheres (15 anos ou mais de idade) que assumiram o papel de chefe domiciliar apresentou um crescimento de 63% no Ceará. Isto é, em 2012, mulheres chefes de domicílio somavam 26,8% do total no Ceará. Enquanto que, em 2022, estas mulheres passaram a representar 43,5% (uma média de crescimento de 5,7% ao ano). Os dados estão no Enfoque Econômico N° 249 (março/ 2023) publicado pela Diretoria de Estudos Sociais (Disoc) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), Órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado do Ceará.


Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente.


O estudo, considerando o período de pandemia da Covid-19, iniciado em 2020, observou uma tendência de crescimento brevemente mais acelerada quanto ao indicador. Em 2019, ano antecedente à pandemia, a proporção correspondia a 37% das mulheres que assumiram o papel de chefe domiciliar. Considerando o período de 2012 a 2019, há um crescimento de 38% da proporção de mulheres chefes de domicílio no estado (uma média de 4,8% ao ano). Em contraste com um aumento de 17,6% entre 2020 e 2022 (período após o início da pandemia), cujo crescimento resulta em uma média de 5,9% a.a.

Em 2012, a proporção de chefes de domicílio no Ceará era inferior, quando comparado a mesma proporção para o Brasil (27,7%) e o Nordeste (28,3%). No entanto, devido a tal crescimento expressivo, considerando a média dos trimestres de 2022, o Ceará passou a apresentar a maior proporção de mulheres chefes de domicílio ainda em comparação com a média nacional (42,83%) e regional (43,16%), conforme informa o autor do trabalho, o analista de Políticas Públicas Victor Hugo de Oliveira.

No Ceará, em 2022, quase 65% das mulheres negras desempenham o papel de chefe de domicílio. Em contraste, este percentual entre mulheres brancas corresponde a menos de 22%. Entre mulheres da classe étnico/racial indígena/ asiática esta proporção é de apenas 1%. Vale salientar que a classe mulheres negras considera ambos os grupos de mulheres que auto declararam serem pretas ou pardas, segundo a classificação do IBGE.

Saiba mais:

Disparidade salarial entre homens e mulheres é de 14,7% na indústria paulista

Mulheres são destaque na liderança de empresa produtora de tecnologia

Sair da versão mobile