Segundo o Panorama da Construção Civil Obramax 2023, o setor da construção civil é marcado pela falta de profissionalização dos trabalhadores da área. Em 2021, época da divulgação do mais recente censo do IBGE sobre o setor, o país possuía 7,5 milhões de trabalhadores no mercado. Destes, somente 3,2 milhões trabalham sob o regime da CLT.
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Ou seja: 68% dos pedreiros, pintores e encanadores trabalham sem carteira assinada. As regiões Norte e Nordeste são as que possuem maior incidência de informalidade, com o número subindo para 80% nestas localidades.
De acordo com a pesquisa anual da varejista de construção, 49,1% dos pedreiros brasileiros são homens de 44 anos com ensino médio completo e que trabalham 44 horas semanais.
Segundo pesquisa da Câmara Brasileira da Construção Civil, 90% das empreiteiras relatam dificuldades para a contratação de profissionais qualificados. Pedreiros são os mais escassos, pontuando 82%. Carpinteiros (79%), mestres de obras (75%) e encarregados de obra (70%) também figuram na lista.
Apesar da participação da construção civil no PIB brasileiro ter caído pela metade na última década, as perspectivas para o setor são promissoras em 2023. Segundo estudo da Prospecta Analytica, a previsão é de um crescimento de 4,5%.
Entre os fatores apontados estão a recuperação econômica do Brasil, desaceleração dos custos de materiais e o ânimo pós-pandêmico. Esta projeção considera o fato do mercado ainda estar aguardando o desempenho da política econômica sob a gestão do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Entre os incentivos garantidos ao setor está o investimento de R$ 10 bilhões no programa de habitação Minha Casa, Minha Vida, anunciado ainda em janeiro pelo Ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho.
Além disso, houve uma desaceleração nos custos de construção no último ano, o que foi constatado pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) e pelo Sinapi, os dois principais índices do setor.
*Com informações da Revista Grandes Construções
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