Segundo estudo realizado pelo Observatório Itaú Cultural, a Economia Criativa respondeu por 3,11% do PIB em 2020, ou uma geração de riqueza superior a R$ 230 bilhões. O resultado é considerado surpreendente pois no ano marcado pela pandemia, os números superaram até mesmo a indústria automotiva. É o primeiro levantamento do tipo que se propõe a um trabalho contínuo de medição.
O levantamento refere-se a 2020 porque é o último ano que os dados estão disponíveis. Mas a pesquisa retrocedeu até 2012 para avaliar como foi a evolução. Foi constatado que a participação da Economia Criativa sobre o PIB evoluiu de 2,72% para 3,11% nesse período. Na prática, isso significa que esse campo da atividade teve uma expansão superior à média do PIB.
De acordo com a pesquisa coordenada por Valiati, enquanto o PIB brasileiro teve expansão de 55% entre 2012 e 2020, o PIB da Economia Criativa avançou 78%.
Setores da Economia Criativa
Os setores criativos reúnem moda, atividades artesanais, indústria editorial, cinema, rádio e TV, música, desenvolvimento de software e jogos digitais, serviços de tecnologia da informação dedicados ao campo criativo, arquitetura, publicidade e serviços empresariais, design, artes cênicas, artes visuais, museus e patrimônio.
Existem mais de 130 mil empresas que podem ser classificadas dentro desse ramo e o segmento de moda ocupa destaque especial. Cada vez mais, a soma dessas atividades está mais próxima de um setor que historicamente sempre respondeu por grande parcela do PIB: o de construção. Em 2012, esse segmento equivalia a 6,5% do PIB, percentual que recuou para algo entre 3,8% e 4%, a partir de 2018.
Com dados mais recentes, é possível ver que essa economia criou 7,4 milhões de empregos formais e informais no país, o equivalente a 7% da massa de trabalhadores do país. O número é 4% maior que o verificado em 2021. Só no ano passado, a cultura e a economia criativa geraram 308,7 mil novos postos de trabalho no país.
*Com informações da Exame
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