artigo sobre economia criativa

Joaquim Cartaxo é arquiteto urbanista e superintendente do Sebrae/CE. (Foto: Divulgação)

Economia Criativa e Colaborativa

Por: Joaquim Cartaxo | Em:
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A Economia Criativa é aquela que envolve atividades de produção e comercialização de produtos e serviços criativos, como música, cinema, artes visuais, design, games, entre outros. É um setor que se expande com intenso potencial para gerar trabalho e renda em nosso país, além de desempenhar um papel importante na promoção da cultura e da identidade nacional.


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Propor uma política pública para Economia Criativa e Colaborativa impõe o exame quanto às peculiaridades e exigências específicas dessa economia, visando identificar os fatores que a impulsionam e aqueles que restringem o desenvolvimento do setor. 

Tais fatores requerem a adoção de medidas e ações coordenadas e estratégicas para que os pontos positivos sejam potencializados e os negativos superados, segundo as circunstâncias típicas de cada um deles. 

Neste sentido, uma medida primordial diz respeito à criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento de empreendimentos criativos e colaborativos. Para tanto, os governos federal, estaduais e municipais devem proporcionar, no que cabe a cada um, as condições para que esse meio socioeconômico se constitua, por exemplo, mediante incentivos fiscais, programas de financiamento, criação de incubadoras e aceleradoras de empresas criativas, estímulo à formação de redes de cooperação entre os empreendedores com o objetivo de gerar oportunidades de negócios e a troca de conhecimentos e experiências. Aliás, essas redes podem originar-se de eventos, fóruns de discussão e outras iniciativas que encorajem a colaboração entre os profissionais. 

Não menos importante, é capacitar os profissionais nas áreas de empreendedorismo, educação financeira, organização e gestão de negócios, marketing digital e produção audiovisual, dentre outras temáticas. Assim, abrem-se caminhos para o aumento da competitividade das empresas e a garantia dos produtos e serviços oferecidos com qualidade.

Há ainda a relevância referente aos direitos autorais e da propriedade intelectual pertinentes aos produtos e serviços criativos. Proteger tais direitos é indispensável para a Economia Criativa. E os governos são decisivos para assegurar essa salvaguarda de marcas e patentes de criadores, bem como de empresas criativas. Essa ação pode contribuir para o desenvolvimento de novas ideias, produtos e serviços.   

É básico para essa salvaguarda a criação de leis específicas para garantir tais direitos, bem como fiscalizar o cumprimento das mesmas que cabem aos governos, assegurando-se assim a sustentabilidade do setor e o reconhecimento da criatividade como valor cultural e socioeconômico

Além do poder público, os setores empresariais também podem desempenhar atividades propositivas e de implantação de políticas voltadas para a Economia Criativa, pois são os principais agentes econômicos envolvidos na produção, distribuição e comercialização de produtos e serviços criativos.

Os setores empresariais podem promover eventos variados com o objetivo de debater sobre as demandas e desafios da Economia Criativa e Colaborativa; identificar necessidades e oportunidades de investimento no setor; contribuir para o desenvolvimento de propostas que atendam aos interesses e necessidades dos empreendedores criativos; criar programas de incentivo ao empreendedorismo criativo, investimento em startups e empresas criativas, patrocínio de eventos e projetos culturais.

É importante salientar que o setor empresarial também pode contribuir na promoção de cursos, treinamentos e programação de qualificação profissional no campo da Economia Criativa, possibilitando a melhoria da qualidade dos produtos e serviços bem como contribuindo para o aumento da competitividade das empresas do setor.

Em suma, a realização dessas e de outras atividades intentam fomentar o empreendedorismo e a inovação na Economia Criativa e Colaborativa para que estas empresas possam crescer e gerar cada vez mais trabalho e renda, contribuindo assim para o desenvolvimento dos territórios onde estão inseridas.

Joaquim Cartaxo é arquiteto urbanista e superintendente do Sebrae/CE.

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