No primeiro trimestre do ano de 2023, o Sistema de Consórcios contabilizou quase um milhão de novas cotas comercializadas, provocando R$ 68,95 bilhões em negócios, 24,8% maior que os R$ 55,24 bilhões anotados no mesmo período de 2022. As informações são da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).
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Paralelamente, as contemplações, momento de concretização dos objetivos dos consorciados, somaram R$ 19,22 bilhões, potencialmente injetados nos mercados, 21,1% acima dos R$ 15,87 bilhões anteriores.
De janeiro a março deste ano, a somatória de adesões registrou alta de 12,8%, ao avançar de 886,34 mil, para 999,40 mil no mesmo trimestre. Os destaques nas comercializações foram os percentuais de crescimento anotados nos veículos pesados, com 32,7%, e nos imóveis, com 22,0%. O total das novas vendas ficou distribuído em 393,75 mil de veículos leves; 324,93 mil de motocicletas; 166,15 mil de imóveis; 70,90 mil de veículos pesados, 31,39 mil de eletroeletrônicos; e 12,28 mil de serviços.
Em março, o volume de participantes ativos atingiu 9,51 milhões, 11,4% superior aos 8,54 milhões do mesmo mês do ano passado. Importante registrar que os totais mensais de consorciados têm tido resultados crescentes desde janeiro do ano passado, não tendo sido verificada qualquer retração nos últimos quinze meses.
De 2014 a 2022, os totais trimestrais de participantes, mesmo tendo assinalado oscilações, sempre tem apresentado viés de alta em relação aos fechamentos observados nos meses de dezembro de cada ano. O volume, no terceiro mês deste ano, chegou a 9,51 milhões de consorciados.
No acumulado de consorciados contemplados, foram totalizadas 398,06 mil contemplações, 10,5% maior que as 360,16 mil, constatadas no trimestre do ano passado, gerando as liberações de créditos para a aquisição de bens e contratação de serviços.
No atual trimestre, entre os contemplados por sorteio ou por lance, houve 177,45 mil de motocicletas; 153,13 mil de veículos leves; 25,05 mil de imóveis; 17,15 mil de veículos pesados; 12,87 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 12,41 mil de serviços.
“No encerramento do primeiro trimestre, mais uma vez, ficou comprovada a consolidação do Sistema de Consórcios como a melhor alternativa para aqueles que planejam suas aquisições individuais, familiares, profissionais ou empresariais, com custos finais menores que outras formas de endividamentos parcelados. A preocupação com as finanças pessoais tem levado o consumidor a aderir às cotas de consórcio dos diversos segmentos onde o mecanismo está presente, propiciando a manutenção do ritmo de crescimento dos negócios.”
Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC
O tíquete médio de março foi R$ 74,13, apontando aumento de 15,2% sobre o mesmo mês de 2022, que ficou em R$ 64,34. A evolução validou o interesse do consumidor por cotas de créditos maiores, com quantias acessíveis ao orçamento, possibilitando aumento dos negócios efetivados no trimestre.
Historicamente, o Sistema de Consórcios tem como um de seus principais objetivos, além da concretização das metas dos consorciados, contribuir para o planejamento empresarial nos mais diversos segmentos da economia onde está presente, ratificando sua influência no desenvolvimento do país.
A consistência dos consórcios na economia brasileira pode ser comprovada pelos totais de créditos concedidos e potencialmente inseridos, como nos mercados de veículos automotores e imobiliário. Nas liberações acumuladas de janeiro a março, o Sistema de Consórcios atingiu 41,0% de potencial presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No de motocicletas, houve 49,7% de potencial participação, e no de veículos pesados, a relação para caminhões foi de 41,6%, no mesmo período.
No segmento imobiliário, somente nos dois primeiros meses deste ano, as contemplações representaram potenciais 18,1% de participação no total de imóveis financiados, incluindo os consórcios. Aproximadamente um imóvel a cada cinco comercializados.
Dos atuais 9,51 milhões de consorciados ativos, os consórcios sinalizaram altas de 38,2% nos veículos pesados; 31,5% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; 19,3% nos imóveis; 10,5% nas motocicletas; 5,5% nos veículos leves; e 4,8% nos serviços.
Em cada um dos setores, onde o mecanismo está presente, a totalização de cotas ativas ficou assim distribuída: 44,4% nos veículos leves; 28,1% nas motocicletas; 15,5% nos imóveis; 7,0% nos veículos pesados; 3,0% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 2,0% nos serviços.
Nas adesões comercializadas em janeiro, fevereiro e março, ao longo da última década, foi possível constatar que as de 2023, com 999,40 mil novas cotas vendidas, foram as melhores dos dez anos.
Já entre os consorciados contemplados nos mesmos três meses deste ano, ainda na última década, foi possível ressaltar que, com 398,06 mil, houve o melhor desempenho.
Os primeiros três meses se caracterizaram pela natural ansiedade de informações sobre o futuro comportamento da economia brasileira, devido às expectativas dos agentes econômicos frente às medidas dos novos eleitos, tanto no executivo como no legislativo.
Todavia, sobre o principal indicador do ano passado, com o crescimento de 2,9% do PIB, os consórcios registraram 4,6% de participação, apontando para uma sequência da evolução da modalidade na economia nacional.
Com o fechamento da inflação em 4,65% nos últimos doze meses, até março, considerando a taxa de juros básica (Selic) ainda em 13,75%, a assessoria econômica da ABAC entende que o Sistema de Consórcios deva seguir crescendo durante 2023.
“Baseado nos ótimos resultados conquistados pelo Sistema de Consórcios no primeiro trimestre, há perspectivas de o desempenho anual alcançar marcas expressivas, talvez inéditas, em razão do comportamento dos consumidores demonstrado por suas decisões de equilíbrio ao administrar suas finanças pessoais”, finaliza.
*Com informações da Abac.
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