O conceito de Internet das Coisas, conhecido pela sigla IoT, propõe a possibilidade de conexão entre diversos objetos com troca de dados entre eles. A ideia não é nova, há pelo menos 10 anos que ela é implementada e melhorada em todo o mundo.
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No setor da saúde, a sigla se tornou IoMT, que significa Internet das Coisas Médicas em inglês. A prática envolve todos os equipamentos e dispositivos utilizados no dia a dia de médicos, enfermeiros e hospitais para facilitar a troca de informações entre eles.
O objetivo é garantir um fluxo de informações mais rápido, transparente e eficiente, garantindo que todos os dados sejam compartilhados entre si e facilitando o trabalho de todos. Tudo para garantir um melhor tratamento a todos os pacientes.
Poucas áreas se adaptaram tão bem em relação às características desta nova tecnologia do que a de saúde. Uma prova disso é uma estimativa da Cisco que aponta que mais de 50 bilhões de dispositivos estarão conectados ao redor do mundo nos próximos cinco ou seis anos – e 30% deles exclusivamente utilizados na medicina.
Não bastasse isso, uma previsão anterior à pandemia de covid-19 da Deloitte indicava que a proposta de IoMT deveria movimentar US$ 188,2 bilhões até 2025. Mas um levantamento da ResearchAndMarkets.com já aponta para um crescimento médio anual de 24,6% até 2028.
No Brasil, a aceleração digital provocada pelo avanço do novo coronavírus entre 2020 e 2022 proporcionou o cenário ideal para a conectividade de equipamentos de saúde assumir o protagonismo na rotina de médicos e enfermeiros. A telemedicina é apenas o exemplo mais visível deste avanço.
Hoje, por exemplo, é inimaginável encontrar algum médico que não utilize alguma solução tecnológica em seu consultório. Seja um simples computador para facilitar a prescrição de receitas ou sistemas complexos que facilitam a realização de exames (e já integrado com o histórico do paciente), o fato é que a conectividade se tornou um item quase que obrigatório para clínicas, hospitais e consultórios no país.
Dentre os fatores que colaboram para isso, existem três primordiais: cultura digital; maturidade da internet das coisas; e demanda dos pacientes. Ao mesmo tempo que muitos médicos ainda prefiram à moda antiga, utilizando papéis e confiando basicamente no seu conhecimento e rotina, com a popularização do prontuário eletrônico, os médicos perceberam que precisam do apoio de ferramentas de dados.
Segundo pesquisa TIC Saúde, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no país, em 2016, 61,2% dos médicos utilizavam o computador no atendimento ao paciente. Seis anos depois, esse percentual saltou para 87,2%.
O fato é que a conectividade na medicina é um caminho sem volta para os médicos brasileiros – e 2023 será um ano-chave para que a IoMT possa auxiliar a rotina médica e desburocratizar ainda mais a consulta e o tratamento dos pacientes, proporcionando maior qualidade de vida.
*Com informações da Fusões & Aquisições
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