Especialista aponta que a solução é aumentar o acesso ao sistema de saúde privado e, para isso, devem ser reduzidos os custos. (Foto: Envato Elements)
Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar, cerca de 23% da população do país têm acesso à saúde privada no Brasil. Para o CEO da Alice, gestora de saúde fundada em 2020, André Florence, esse dado revela uma realidade em que a empresa trabalha para mudar e transformar o mercado de saúde no Brasil.
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“A maior parte da população depende do SUS, que apesar de ser um sistema robusto sofre com falta de investimento e tecnologia. Então, nós da Alice, entendemos que a solução é aumentar o acesso ao sistema de saúde privado e a chave desta equação é reduzir custos. Estamos trabalhando para isso”, diz, durante a participação do episódio Zero do Topo Especial XP Empresas.
O CEO fala ainda sobre o contexto brasileiro e ajuda a compreender esse cenário do país. “A falta de acesso à saúde privada não é um problema de infraestrutura. Para se ter uma ideia, o número de leitos privados no país aumentou 10% desde 2014, mas o número de pessoas com acesso continua estável na casa dos 50 milhões de usuários. Enquanto isso, o preço dos planos de saúde aumenta uma média de 15% ao ano, o que para a maioria é inviável acompanhar”, diz.
André explica ainda que, apesar da sensação de que as operadoras de saúde estão ganhando mais dinheiro, isso não é necessariamente verdade. “A receita das operadoras aumenta, mas não cresce a margem de lucro, uma vez que os custos também têm elevação ano a ano. O que a gente vê é uma escalada de custos repassada para os clientes, uma alta bem maior que a inflação, e as pessoas não conseguem ter acesso. Isso acontece por conta do número de procedimentos realizados de maneira não pertinente do ponto de vista médico. É um setor que foi criado com incentivos distorcidos”, finaliza.
*Com informações da InfoMoney.
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