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Hidrogênio Verde: Governo holandês anuncia investimento de 7,5 bilhões de euros em indústria no Porto do Pecém

Hidrogênio Verde

O governo holandês anunciou o investimento de 28,1 bilhões de euros no Brasil para evitar mudanças climáticas. Do montante total, 7,5 de bilhões de euros serão destinados para desenvolver a indústria de hidrogênio verde no Porto do Pecém, no Ceará, incluindo 300 milhões de euros para importação desse energético.


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O presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), Hugo Figueirêdo, lembra que o Porto de Roterdã detém 30% das ações do porto cearense. Hoje, o Porto de Roterdã visa que 25% de todo o hidrogênio verde que chegar à Europa seja oriundo do Pecém. No Brasil, o porto cearense lidera em número de projetos para produção de hidrogênio verde.

“O anúncio do governo holandês, que é sócio do Porto de Roterdã, reforça ainda mais essa atuação conjunta entre os dois portos para o fornecimento de hidrogênio verde à Europa de forma competitiva e segura.”

Hugo Figueirêdo, presidente do CIPP 

Roterdã é hoje uma das principais portas de entrada da Europa de combustíveis fósseis, e tem o objetivo de reduzir as emissões CO2 em mais de 9 milhões de toneladas até 2030.

Até 2025, quatro usinas de hidrogênio verde serão construídas nas suas instalações. Também estão previstos gasodutos para transportar o hidrogênio das usinas e terminais de importação até os usuários no porto e no interior de Roterdã.

Pacote holandês

Além dos 300 milhões de euros para importação do energético, o pacote de hidrogênio holandês destina a maior parte dos recursos para desenvolvimento da produção doméstica. Sendo 5,1 bilhões de euros para projetos de hidrogênio verde onshore e 1,8 bilhões de euros para produção offshore.

Outros 250 milhões de euros serão para redução de risco de armazenamento de hidrogênio em larga escala e 50 milhões para rede de hidrogênio no mar.

O plano do governo ainda prevê a cobrança de uma tarifa aos consumidores de hidrogênio inferior a do gás; a conversão de usinas a carvão para hidrogênio; e a descarbonização das indústrias locais com uso do energético.

O projeto, apresentado pelo ministro de Clima e Energia, Rob Jetten, agora precisa ser aprovado pelo parlamento. Em carta aos parlamentares, o ministro defendeu ações de cooperação com países que têm a capacidade de fornecer hidrogênio e atender a demanda da região.

*Com informações da Agência Apbr.

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