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Demanda turística dos cearenses é impactada pela pandemia

Os dois anos críticos da pandemia (Covid-19) impactaram a demanda turística dos cearenses. Enquanto que em 2019 um total de 20,3% dos moradores dos domicílios do Ceará fez alguma viagem, em 2020 o percentual caiu para 11,5% e em 2021 apresentou o mesmo índice. O mesmo comportamento foi verificado no Brasil.


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Em 2019 o percentual atingiu 21,8% e nos anos seguintes – 2020 e 2021 – ficaram em 13,9% e em 12,7%, respectivamente. A constatação está no Ipece Informe (Nº 227/maio de 2023) – Perfil da demanda Turística Cearense, que acaba de ser lançado pela Diretoria de Estudos Econômicos (Diec) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

demanda turística dos cearenses

De acordo com o analista de Políticas Públicas do Ipece Daniel Suliano, autor do trabalho, o objetivo do estudo é apresentar algumas características do cearense na condição de turista a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Dito de outra forma, os dados aqui elencados analisam o fenômeno turístico pelo lado da demanda, sendo o cearense o agente principal da análise” – frisa.

Dentre os motivos pelos quais ninguém no domicílio viajou, ele observa que cerca de 1/3 dos cearenses declararam falta de dinheiro nos anos de 2020 e 2021, embora quase 28% em 2021 tenham afirmado não ver necessidade de exercer atividade turística. “Quando se observa os motivos pessoais para viagens, destaca-se que 36% dos cearenses realizaram turismo em 2019 com o intuito de visitar parentes ou amigos e 32% para viagens cujo objetivo era o lazer”.

O analista de Políticas Públicas observa que, dentre os que viajaram para lazer, quase metade (46,4%) buscaram locais de sol e praia. No que tange ao principal meio de transporte utilizado durante as viagens, os cearenses fazem majoritariamente uso de carro, tendo chegado a 51,4% em 2021. Já quanto ao tipo de hospedagem, a casa de amigos ou parentes foi a principal local, representando 43,9% em 2020 e 44,9% em 2021.

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