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Conheça Gabriel Galípolo, indicado para ser diretor de política monetária do Banco Central

Gabriel

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou ontem (8) Gabriel Galípolo para assumir a diretoria de política monetária do Banco Central. Considerado braço direito de Haddad, Gabriel é o atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda e fez carreira no mercado financeiro, além de ter sido consultor econômico de Lula nas eleições de 2022.


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Com 39 anos, Galípolo é formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), onde também atua como professor da graduação. Em seu currículo, consta também a fundação, em 2009, da Galípolo Consultoria, da qual foi sócio-diretor até 2022. Entre 2017 e 2021 foi presidente do Banco Fator.

Apesar de não ser filiado ao PT, o indicado tem relações com o partido há mais de dez anos, quando ajudou, em 2010, na construção do plano de governo de Aloizio Mercadante, atual presidente do BNDES.

No passado, o economista também trabalhou na Secretaria Estadual de Economia e Planejamento de São Paulo, na época em que José Serra era governador do estado. É próximo também de Luiz Gonzaga Beluzzo, um dos economistas mais afinados ao PT.

Ao que tudo indica, a postura heterodoxa em relação à economia e passagem pelo mercado financeiro são vistas como um importante fator de ponderação na interlocução do atual governo com o empresariado. Não é à toa que a capacidade de diálogo e convencimento junto a atores diversos são características destacadas por quem o conhece.

O perfil “fora da caixa” do economista Gabriel Galípolo também chama atenção. Nesse sentido, defende conceitos econômicos desenvolvimentistas, como o apoio do Estado na industrialização e a crítica ao teto de gastos. 

Mas, ao mesmo tempo, Gabriel opta por concessões de políticas públicas ao setor privado, como parcerias público-privadas (PPPs) ou mesmo privatizações em determinados casos.

No jargão econômico, as ideias heterodoxas (ou desenvolvimentistas) são aquelas que defendem a participação do Estado em setores estratégicos para o desenvolvimento do país. Ou seja, o Estado ajuda a financiar infraestrutura, saneamento, tecnologia de ponta e outros segmentos cujos resultados demoram a aparecer e que seriam muito dispendiosos para o setor privado assumir sozinho.

Como braço direito de Haddad, Galípolo tem a dura missão de gerir um rombo inicial de cerca de R$ 300 bilhões nos cofres públicos e acomodar uma demanda crescente por políticas públicas e promessas de programas sociais feitas na campanha.

Após a indicação de Gabriel, o dolár fechou em alta de 1,37% e voltou ao patamar de R$5. A bolsa também subiu em 0,85% no dia da indicação, apoiada pelas altas da Vale e da Petrobrás. O nome de Galípolo já era esperado, mas a oficialização dividiu analistas e gerou preocupação entre investidores.

*Com informações da InfoMoney

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