O presidente do BNDES, Aloizio Mercante, e o presidente do Sebrae, Décio Lima, acertaram, em reunião realizada na semana passada, que até julho deste ano anunciarão uma linha de crédito exclusiva destinada aos empresários de pequenos negócios. As linhas e os valores que serão disponibilizados ainda estão em estudo, mas a ideia é que seja uma parceria que vá além do crédito.
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Décio Lima estuda formas de desenvolver junto ao banco políticas de concessão que irão abarcar assistência aos empresários que precisarem, incluindo capacitação e orientação. “Nesta parceria iremos desenvolver todo um processo e um conjunto de novas ações que já temos disponíveis e que precisamos do BNDES para que possamos alcançar os empresários na condução das empresas de forma sustentável”, afirma o presidente do Sebrae.
Tanto para o BNDES quanto para o Sebrae será um novo momento. Mercadante afirma que prevê um banco voltado para o atual momento da sociedade e para as suas necessidades atuais. “Queremos dobrar o tamanho do BNDES nos próximos três anos, dobrar olhando coisas novas, para uma sociedade menos desigual, com uma economia verde, transformando a sociedade e diminuindo suas desigualdades”, destacou.
Comprometimento com os pequenos empresários
De acordo com o Sebrae, mais da metade das pequenas empresas comprometem mais de 30% de seu custo mensal com o pagamento de dívidas. Secretário de Micro e Pequena Empresa e Empreendedorismo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Milton Coelho sugeriu que Executivo e Legislativo se unam para propor medidas de curto prazo para ajudar a manter essas empresas.
Ele fez um apelo às entidades para que se pronunciem contra o atual nível da taxa básica de juros. “Não há fundo público nem privado que sustente uma economia à base de uma taxa de juros de 13,75% ao ano. Precisamos que essa queda seja acelerada para que as políticas possam produzir o resultado a tempo de evitar o fechamento, que já vem ocorrendo, de diversos negócios no Brasil inteiro”, alertou.
Segundo o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, até abril de 2022, 59% dos pequenos negócios ainda faturavam menos que em 2019. No auge da pandemia, em abril de 2020, eles estavam faturando, na média, 70% a menos que antes. Os setores mais afetados foram os de serviços nas áreas de economia criativa, turismo, moda, beleza e artesanato.
*Com informações do BNDES.
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