petrobras e fundo ambiental

O trabalho pioneiro permitiu que a Petrobras atingisse o recorde de 10,6 milhões de toneladas de CO2 reinjetadas em 2022. (Foto: Divulgação/Petrobras)

Petrobras estuda implantação de projeto inédito de hub de captura e armazenamento geológico de CO2 no Rio de Janeiro

Por: Redação | Em:
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A Petrobras estuda implantar no Brasil projeto inédito de hub de captura e armazenamento geológico de CO2 (CCS) em parceria com outras empresas. O projeto consiste em criar uma infraestrutura de escoamento do CO2 a partir de locais de captura em instalações industriais – até seu armazenamento permanente feito em um reservatório abaixo do leito marinho.


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Numa perspectiva mais ampla, o objetivo é contribuir para reduzir emissões de gases do efeito estufa geradas não só pelas operações da empresa, mas também por outros setores do país, tais como indústria de cimento, siderúrgicas, entre outras.

A possibilidade foi divulgada pelo gerente executivo de Reservatórios da companhia, Tiago Homem, no painel “Finding Offshore CO2 Storage: Going Big and Moving Fast”, realizado no início deste mês, na Offshore Technology Conference (OTC), em Houston. O executivo antecipou também que um projeto piloto de CCS será instalado no Rio de Janeiro, com capacidade de capturar 100 mil toneladas de CO2 por ano no terminal de Cabiúnas, no norte do Estado. O projeto está em fase de estudos e a previsão de implantação ainda depende de análises complementares. A iniciativa é o primeiro passo para a posterior implantação de hub de CCS em grande escala.

Segundo Tiago Homem, o projeto-piloto vai contribuir não apenas para testar tecnicamente as soluções de CCS, mas também para ajudar o país a construir um arcabouço regulatório que fomente este tipo de projeto. A regulação é um dos principais desafios para o desenvolvimento de CCS no Brasil, assim como a busca por aquíferos salinos com capacidade de armazenar grandes volumes de CO2.

Protagonismo da Petrobras

Ao longo dos 70 anos de história da Petrobras, a empresa ganhou reconhecimento pelo conhecimento geológico dos reservatórios brasileiros, pela construção de projetos complexos de infraestrutura com segurança e se tornou líder mundial em captura, uso e armazenamento geológico de CO2 (o chamado Carbon Capture, Utilization and Storage – CCUS) nos campos do pré-sal como forma de aumentar a produção de petróleo.

“Essas condições colocam a Petrobras com grande potencial para desenvolver soluções de captura e armazenamento geológico de CO2 no Brasil. Por isso, estamos nos antecipando à regulação ao fazer esse projeto piloto.”

Tiago Homem, gerente executivo de Reservatórios da Petrobras

O trabalho pioneiro em reinjeção de CO2 permitiu que a Petrobras atingisse, por exemplo, o recorde de 10,6 milhões de toneladas de CO2 reinjetadas em 2022, o equivalente a cerca de 25% do total da capacidade de reinjeção da indústria. Para os próximos anos, a empresa vai ampliar os compromissos para redução de emissões de gases do efeito estufa e estabelecer uma meta mais ambiciosa para os projetos de CCUS – revisada para 80 milhões de tCO2 reinjetados até 2025, o dobro da meta anterior. 

A Petrobrás também prevê a incorporação da tecnologia CCUS em outras sete plataformas do tipo FPSO (unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência de petróleo) até 2025 – além dos 21 FPSOs que já a utilizam. Esses avanços irão contribuir não só para a evolução tecnológica do CCUS, mas também para reduzir custos e demonstrar o potencial de aplicação dessa solução na indústria de óleo e gás e em outros setores.

*Com informações da Petrobras.

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