O Banco Mundial e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) vão atuar na regulamentação do mercado de hidrogênio. Para isso, as instituições fecharam parceria para ajudar países em desenvolvimento na estruturação do mercado de hidrogênio. A entidade vai atuar focado na certificação, contribuindo para a definição de critérios para a classificação do insumo como de baixo carbono.
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Ricardo Gedra, gerente de análise e informações ao mercado na CCEE, que esteve na comitiva que representou o Brasil no primeiro encontro na Índia, no final do mês passado, destacou que o diálogo com outros países também é um passo importante para ajudar o mercado a amadurecer e atrair investimentos do Banco Mundial. A instituição financeira já chegou a investir mais de 5,5 bilhões de dólares nos últimos cinco anos em projetos de energia pelo mundo.
De acordo com a vice-presidente da CCEE, Talita Porto, o objetivo principal é criar um ambiente no mercado global que estimule a competitividade entre países e torne o hidrogênio de baixo carbono um negócio atrativo e seguro para os investidores.
Com isso, a executiva explicou que o convite feito à CCEE é uma oportunidade de defender atributos que podem posicionar o Brasil como protagonista no mercado de hidrogênio e de avançar no trabalho que a Câmara já vem fazendo para estabelecer uma padronização da certificação de energia que será utilizada na fabricação do insumo.
“Uma das nossas principais defesas no âmbito internacional é o uso da energia gerada por hidrelétricas. Essa é uma das maiores vantagens do Brasil, um atributo que pode nos manter na liderança, mas ainda não há um consenso em relação a esse tipo de fonte em outros países.”
Talita Porto, vice-presidente da CCEE
De acordo com a Câmara de Comercialização, em 2022 as usinas hidrelétricas representaram quase 80% da energia elétrica produzida no Brasil. Com a oferta complementada por fontes alternativas que seguem em expansão, como geração de energia solar e eólica, 92% de toda a eletricidade consumida no ano passado vieram de fontes renováveis. Foi o maior índice dos últimos 10 anos, resultado que materializa todo o potencial que o Brasil tem no mercado de hidrogênio, na avaliação da CCEE.
A força-tarefa internacional também contará com o apoio do Governo do Ceará e de outras entidades setoriais de peso, como o Hydrogen Council, um dos maiores grupos de empresas de energia do mundo, o Hydrogen Europe, que representa o mercado energético europeu, e o NREL, laboratório de energia renovável do Departamento de Energia dos Estados Unidos.
*Com informações da Absolar.
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