As livrarias exclusivamente virtuais representaram 35,2% do faturamento das editoras em 2022, superando pela primeira vez as livrarias físicas, segundo pesquisa “Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro”.
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Além disso, as vendas do mercado do setor editorial brasileiro apresentaram um crescimento nominal de 3% no mesmo período. A pesquisa foi realizada em parceria pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), com apuração da Nielsen BookData.
Este levantamento é o mais longevo do setor no Brasil e na América Latina e foi divulgado nesta quinta-feira (18), referente ao ano-base de 2022. Considerando a variação do IPCA de 5,79% no período, o resultado indica um recuo de 2,6%.
A pesquisa acompanha o comportamento da produção e das vendas das editoras em quatro subsetores: Obras Gerais, Didáticos, Religiosos e CTP (Científicos, Técnicos e Profissionais). Em 2021, a queda em termos reais registrada foi de 4%.
Para o presidente do SNEL, Dante Cid, os resultados do último ano continuam demonstrando a situação econômica do país, mas também apontam para novos horizontes do mercado.
“A pesquisa mostra que o mercado acompanha a situação do país e ainda depende que o Brasil supere obstáculos econômicos e sociais que permitam a expansão do hábito da leitura. Esta edição aponta algumas tendências a serem observadas, como a expansão dos canais digitais de vendas em alguns dos segmentos e o destaque das vendas em eventos literários, que têm apresentado uma excelente participação do público leitor.”
Dante Cid, presidente do SNEL
Nos segmentos de livros didáticos, obras gerais e religiosos houve um aumento nominal de 6% no faturamento das editoras. Em termos reais, os três subsetores empatam com a inflação. Já o subsetor CTP apresentou uma queda nominal de 10% do faturamento.
Por outro lado, a pesquisa “Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro” mostra que o faturamento total com conteúdo digital em 2022 alcançou um crescimento nominal de 35%, impulsionado pelo aumento de 69% do faturamento de Bibliotecas Virtuais e pela inserção do subsetor de didáticos através da categoria Plataformas Educacionais. Apesar desse crescimento, o conteúdo digital continua representando 6% do mercado editorial brasileiro.
*Com informações do SNEL.