Arezzo tem como alguns de seus próximos objetivos melhorar suas margens no segundo semestre

Arezzo investe no Brasil e no exterior

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A Arezzo, proprietária de 14 marcas, ou uma House of Brand, tem como alguns de seus
próximos objetivos melhorar as suas margens no segundo semestre, em busca de capturas
de sinergias de seu último ciclo de aquisições, além de avançar com seu plano de
internacionalização, com foco nos Estados Unidos.


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No mercado doméstico, a marca Anacapri ganha relevância na estratégia, com a inauguração prevista até setembro de uma megaloja na Oscar Freire, no corredor de marcas de luxo nos Jardins, em São Paulo, que servirá também como uma espécie de QG (uma sede) para áreas de criação e marketing do grupo.


Nos Estados Unidos, o grupo comandado por Alexandre Birman se diz otimista com os primeiros números de vendas da nova unidade da marca Schutz, recém-aberta no Soho, em Nova York.

“Estamos apostando em um novo modelo de loja da Schutz nos EUA, com lounge, bar, área de fotos, que vende também vestuário. Em seis dias de operação, já vendeu quatro vezes mais do que a flagship store da Madison Avenue”


O empresário, um dos cinco filhos do fundador da Arezzo, Anderson Birman, tem também se
envolvido na antecipação do processo sucessório. Neste mês, o pai oficializou a doação de
sua participação acionária de 28,1% aos filhos. O CEO do grupo aproveitou o evento para
apresentar seu novo conselheiro do comitê de estratégico, o designer e empresário Tufi
Duek, que está prestes a completar 69 anos. Ele foi o criador de marcas como Triton, Forum
e Tufi Duek.


A chegada de Duek como membro independente do conselho coincide com outra novidade
na gestão do grupo: a nomeação de Alexandre Brett, da família fundadora da Vila Romana
(vendida em 2010 para a InBrands), que começou produzindo ternos Pierre Cardin na fábrica
da Lapa, na zona oeste de São Paulo. Como executivo, Brett vai liderar a integração das
marcas e do licenciamento da Arezzo.


A companhia dona das marcas Arezzo, Schutz, Reserva, Anacapri, Alexandre Birman, Fiever,
Alme, BriZza e Vans (no Brasil), entre outras, comprou recentemente a marca de calçados
femininos Vicenza por R$ 173 milhões e a italiana Paris Texas, sua última investida de fôlego
no mercado internacional – neste caso, pagou 25 milhões de euros pelo equivalente a 65% do
capital da empresa.


“Precisamos integrar essas novas marcas, respeitando seu DNA, sem desfigurá-las”, afirmou
o CFO da Arezzo, Rafael Sachete, que disse esperar capturar mais sinergias com as
operações de M&A realizadas nos últimos anos, além de promover a expansão das novas
marcas.

Estratégia nos EUA

No mercado americano, a Arezzo aposta nas marcas Schutz (que responde por 60% da
receita internacional do grupo e atua com produtos na faixa de preço de US$ 120 por
unidade) e Alexandre Birman (outros 40%, com faixa de preço de US$ 500). A operação nos
EUA responde por 10% da receita total do grupo, o que representa cerca de US$ 100 milhões
por ano, segundo o CFO.


“No segundo semestre, o foco é crescer muito nos EUA também com a Paris Texas , que vai
contar com nossa estrutura do time de vendas, de logística e de e-commerce, e com a
entrada da marca Arezzo, conectando com as grandes redes de departamento”, acrescentou
Sachete. Ele descartou, por enquanto, uma investida em outros mercados, como o europeu e
o asiático.

Anacapri e QG nos Jardins

No mercado brasileiro, um dos principais objetivos de expansão para a Arezzo no segundo
semestre é inaugurar a “Casa Anacapri” na Oscar Freire, quase esquina com a rua Doutor
Melo Alves, no espaço que foi ocupado por muito anos pela Le Lis Blanc, do grupo Veste (exRestoque). O local está cercado de tapume, com as obras em andamento. Faz algum tempo,
a Arezzo passou a concentrar lojas de suas marcas na rua mais famosa do país – e nas
adjacentes – para o segmento de moda de alto padrão.


Em um trecho de quatro quadras, entre as ruas Melo Alves e Augusta, a Arezzo tem pelo
menos oito lojas de oito diferentes marcas: Arezzo (a mais longeva de todas, desde o início
da década de 1990), Anacapri (hoje perto da Bela Cintra antes da mudança para a mega
loja), Schutz, Alme, Reserva, Oficina Reserva (na rua da Consolação) e Alexandre Birman e
Carol Bassi (ambas na Haddock Lobo, no Shops Jardins). A Fiever teve unidade na Oscar
Freire até pouco tempo atrás.


A estratégia da Arezzo na Oscar Freire contrasta com o de outros grupos de moda como a
Guararapes, que fechou neste mês a flagship da Riachuelo e promete reabrir em outro ponto
da cidade. A incorporadora Tegra também fechou um ponto na rua recentemente, e a Galeria
Oscar Freire, outro ponto tradicional da moda na região, também encerrou atividades, e o
imóvel foi demolido.

Fonte: Bloomberg

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