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Agora, 103 países entre Estados Unidos, Europa, América Latina e Ásia recebem o novo recurso. A Netflix estima que cerca de 100 milhões de pessoas ao redor do mundo. (Foto: Envato Elements)

Netflix inicia cobrança por compartilhamento de senhas

Por: Redação | Em:
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A cobrança por compartilhamento de senhas no Brasil e em outros 102 países no mundo foi iniciada, na semana passada (23) pela Netflix. Agora, a conta Netflix só poderá ser usada pelos moradores de uma mesma residência. “Todas as pessoas que moram nesta mesma residência podem usar a Netflix onde quiserem, seja em casa, na rua ou enquanto viajam”, disse a empresa em comunicado.


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Para os usuários que desejarem compartilhar a conta com outras residências, a Netflix permitirá o compartilhamento por R$ 12,90 por mês por assinante extra no Brasil, quase 1/3 do valor cheio de uma conta padrão, que é de R$ 39,90. Nos EUA, a cobrança será de US$ 8 por mês. No Brasil, o recurso de “assinante extra” atualmente não está disponível para assinantes que são faturados por empresas parceiras.

A plataforma de streaming disse ainda que qualquer pessoa que tenha um perfil na conta da Netflix poderá transferi-lo para uma nova assinatura, que será paga por ela própria. Segundo a empresa, os assinantes vão conseguir utilizar a plataforma mesmo em outros aparelhos, quando estiverem viajando em hotéis ou casas de temporada.

No Brasil, a Netflix espera que a cobrança seja mais uma forma de monetização para a plataforma de streaming, que vem lutando com a queda do número de assinantes. A Netflix perdeu 450 mil assinantes no primeiro trimestre de 2023 na América Latina, de acordo com os últimos resultados trimestrais da companhia.

Foi a primeira queda de assinantes na região desde o trimestre encerrado em março de 2022, quando a empresa havia perdido 351 mil assinantes. Ao todo, a Netflix adicionou 1,75 milhão de assinantes no primeiro trimestre, número que ficou abaixo das expectativas de analistas do mercado financeiro, que estimavam crescimento de 2,41 milhões.

Nova fonte de receitas

A Netflix começou a testar o serviço de compartilhamento de senhas no ano passado depois que a empresa viu uma desaceleração do crescimento do número dos usuários e das receitas. O serviço foi testado inicialmente no Chile, no Peru e na Costa Rica e estreou em fevereiro no Canadá, em Portugal, na Espanha e na Nova Zelândia.

Agora, 103 países entre Estados Unidos, Europa, América Latina e Ásia recebem o novo recurso. A Netflix estima que cerca de 100 milhões de pessoas ao redor do mundo (pouco menos da metade do total de assinantes) usem senhas compartilhadas. 

“Assim como na América Latina, vimos uma reação de cancelamento em cada mercado quando anunciamos a novidade, o que impacta o crescimento de membros no curto prazo”, disse a empresa, em documento aos acionistas no primeiro trimestre.

Contudo, a gigante do streaming acredita que à medida que os “emprestadores de senhas” comecem a ativar suas próprias contas e os assinantes existentes adicionem contas de “membros extras”, a empresa verá um aumento na aquisição de usuários e na receita.

“No Canadá, que acreditamos ser um espelho confiável para os EUA, nossa base de membros pagantes agora é maior do que antes do lançamento do compartilhamento pago e o crescimento da receita acelerou e agora está crescendo mais rápido do que nos Estados Unidos”, disse a empresa durante divulgação dos últimos resultados trimestrais.

Potenciais novos assinantes

A Netflix disse ainda que à medida que adota o compartilhamento de senhas pago, alguns “emprestadores de senhas” podem deixar de acessar o serviço e a audiência de curto prazo, medida por empresas como a Nielsen, “provavelmente diminuirá modestamente”.

 “No entanto, acreditamos que o padrão será semelhante ao que vimos na América Latina, com o crescimento do engajamento sendo retomado ao longo do tempo à medida que continuamos a melhorar nossa programação e os emprestadores de senha se inscrevem em suas próprias contas”, diz o comunicado da Netflix. A Netflix teve uma receita de pouco mais de US$ 1 bilhão na América Latina no primeiro trimestre de 2023, um crescimento de 7% em relação ao mesmo período no ano passado, quando a empresa teve uma receita de US$ 998 milhões.  (Fonte: Bloomberg Línea).

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