Energia

Segundo pesquisa divulgada pela Coalizão Energia Limpa, a Região Nordeste pode se tornar uma grande exportadora de energia renovável, devido às mudanças climáticas que afetam as matrizes energéticas tradicionais. Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente. Um exemplo disso, segundo a pesquisa, é […]

Nordeste pode se tornar grande exportador de energia renovável, aponta pesquisa 

Por: Paulo André Sales | Em:
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Segundo pesquisa divulgada pela Coalizão Energia Limpa, a Região Nordeste pode se tornar uma grande exportadora de energia renovável, devido às mudanças climáticas que afetam as matrizes energéticas tradicionais.


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Um exemplo disso, segundo a pesquisa, é que em 2021, o Brasil passou pela pior crise hídrica dos últimos 90 anos, desencadeando também uma crise  energética. A maioria das usinas hidrelétricas encerraram a estação chuvosa de 2020-2021 operando com uma fração de sua capacidade total, colocando assim a geração hidrelétrica do país em regime crítico.

O Brasil é um dos grandes produtores mundiais de energia hidrelétrica, respondendo por 10% da produção mundial. Porém, por ela ser uma matriz dependente das mudanças climáticas, a energia hidrelétrica se mostra um tipo de energia vulnerável

Além disso, as estimativas dos pesquisadores mostram um aumento da temperatura média do Brasil em quatro graus celsius ao longo do século 21, tornando ainda mais instável o uso desse tipo de matriz. Para a Coalização, uma solução para esse tipo de problema é tornar o sistema energético do Brasil mais resiliente, apostando em matrizes renováveis como a eólica e a solar. 

Pelos fatores do clima e terreno, a Região Nordeste pode ser protagonista na produção desses dois tipos de energia. A pesquisa aponta que a instalação de baterias em residências junto com geração fotovoltaica, podem minimizar os efeitos adversos do clima na produção energética.

Uma alternativa adicional para enfrentar a ameaça climática seria dispor de tecnologias de armazenamento como baterias, hidrogênio verde, usinas hidrelétricas reversíveis, etc. Dessa forma, a necessidade de termelétricas fósseis ocorreria apenas em situações emergenciais e transitórias, permitindo que o país desempenhasse um papel de liderança global na redução de gases do efeito estufa.

O estudo aponta que até 2026, as energias eólica e solar podem corresponder a 16% de toda matriz energética brasileira. Além de ser menos nocivo ao meio ambiente do que a energia elétrica, esses tipos de energia são consideradas eficientes e estáveis.  

Sobre a Coalizão Energia Limpa 

A Coalizão Energia Limpa – transição justa e livre do gás é um grupo brasileiro de organizações da sociedade civil comprometido com a defesa de uma transição energética socialmente justa e ambientalmente sustentável no Brasil, que rejeita o uso do gás na matriz energética e defende a eliminação desta fonte até 2050. 

O objetivo do grupo é articular e facilitar ações para promover a transição energética por meio de redução e/ou eliminação de fontes de geração energética fóssil a gás; de redução e/ ou eliminação da exploração de reservas de hidrocarbonetos como o xisto; e da importação de gás natural liquefeito (GNL). 

Fazem parte da Coalizão Energia Limpa: Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Instituto ClimaInfo, Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Instituto Internacional Arayara e Instituto Pólis.

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