O Brasil lidera a lista de países da região com mais fintechs na ativa até o final de 2022, seguido do México e Colômbia, de acordo com o relatório Fintech Global Vision da Finnovating. A América Latina continua se consolidando como uma região líder em serviços B2C, com 4.370 fintechs participando do mercado, das quais 2.030 são empresas locais.
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Mas além do ranking regional, em termos do número de fintechs no mercado, a América Latina colocou quatro países no top 20 de países com as empresas fintechs mais ativas também até o final de 2022. A lista é encabeçada pelos Estados Unidos (4.910), e seu último lugar ficou com a Itália (199) no que diz respeito a empresas locais, ou seja, empresas com sede em seu país de origem.
De acordo com o relatório, na América Latina os cinco países com maior número de fintechs ativas são Brasil, México, Colômbia, Argentina e Chile. Entre eles, são mais de três mil fintechs, consolidando sua posição como um dos centros com maior projeção global, especialmente em serviços B2C. Tanto o Brasil quanto o México estão entre os 10 primeiros do mundo em termos de fintechs ativas.
“Quando falamos de fintechs, devemos levar em consideração não apenas o número de empresas que operam em um país, mas também o número de empresas de acordo com o tamanho desse país, a fim de poder analisar seu índice de maturidade. Para isso, em nosso estudo, analisamos o número de empresas ativas por milhão de habitantes e os resultados são interessantes”.
Rodrigo García de la Cruz, CEO da Finnovating e vice-presidente da Associação Espanhola de Fintech e Insurtech (AEFI)
Assim, embora Brasil, México e Colômbia tenham o maior número dessas empresas na região, o índice de maturidade é liderado pelo Uruguai, com um índice de maturidade de 31, seguido pelo Panamá (25) e Chile (19).
A exposição limitada, deterioração da qualidade dos ativos devido a economias desaceleradas e altas taxas de juros representam obstáculos. É por isso que, em meio a atual conjuntura econômica, as fintechs perderam terreno financeiro, e o saldo está se inclinando a favor dos bancos tradicionais por enquanto, de acordo com um relatório publicado pela Moody’s. Neste contexto, como aconteceu em ciclos de mercado anteriores, um grande número de novas fintechs com modelos de negócios mais fracos provavelmente desaparecerá, mas as poucas que sobreviverem serão “verdadeiramente” inovadoras.
A agência de classificação também afirmou que algumas empresas sobreviventes poderiam transformar o cenário financeiro no futuro, já que a tecnologia mantém seu potencial de beneficiar e transformar o financiamento devido a sua escalabilidade, de acordo com um relatório publicado em fevereiro.
O estudo constatou que os EUA, o Reino Unido e a Índia são os países com o maior número de fintechs no mundo; entretanto, estes não são líderes em termos do índice de maturidade. O estudo da Finnovating observa que “um em cada três fintechs opera nos EUA, Reino Unido ou Índia, somando mais de 9 mil empresas ativas em 2022″, enquanto os ecossistemas mais maduros estão na Estônia, Cingapura e Suíça. A Europa está posicionada como a região com mais fintechs ativas, com um total de 10.549, um terço de todas as fintechs do mundo. Atrás dela, ficaram a América do Norte e Oceania, com 7.992 fintechs ativas em 2022.
*Com informações da Bloomberg.
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