A tão esperada redução da taxa Selic, prevista para esta quarta-feira (2), está gerando grandes expectativas no mercado financeiro.
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Essa antecipação é respaldada pela melhoria na inflação, aprovação de novas regras fiscais e andamento da reforma tributária.
O otimismo impulsionou o Ibovespa para um nível notável, atingindo 123 mil pontos no final de julho.
A queda na taxa de juros traz benefícios significativos, estimulando o mercado de ações, fomentando o consumo e impulsionando a atividade econômica em geral.
Os investidores estão confiantes de que esse cenário positivo se manterá, projetando uma taxa Selic em torno de 12% neste ano e 9% no próximo.
Uma das principais vantagens desse cenário é a redução do custo da dívida para as empresas.
Setores ligados ao consumo, especialmente os relacionados a itens de ticket médio mais alto, como compras parceladas, e empresas com forte conexão ao Produto Interno Bruto (PIB), como locadoras de veículos, têm potencial para prosperar nesse cenário de queda de juros.
O setor aéreo, que enfrentou quedas significativas em julho, é um exemplo de segmento alavancado que pode ser favorecido pela redução dos juros.
Durante o mês, as ações da Gol registraram -26,88% e as da Azul, -19,03%. Esses setores foram afetados pelo aumento da curva de juros, que subiu de 2% para 13,75% ao ano.
O encarecimento do crédito e o aumento da inadimplência foram algumas das consequências negativas desse aumento.
Para amenizar esses impactos, o governo lançou programas de renegociação de dívidas, como o Desenrola e o Renegocia!, visando aquecer a economia e estimular o consumo.
O setor varejista e empresas voltadas ao mercado doméstico, assim como os serviços, devem se beneficiar tanto desses programas quanto da perspectiva de quedas de juros.
Além disso, o setor imobiliário também está se beneficiando dessa tendência. Empresas líderes como MRV, Cyrela e Eztec registraram aumentos significativos em julho.
O setor de construção civil também será um grande beneficiado pela queda nos juros, isso porque quando as taxas de juros estão altas, o acesso ao crédito fica mais restrito, levando potenciais compradores a adiarem ou desistirem de investir em propriedades.
Apesar de a taxa de juros ainda ser considerada alta, se o ciclo de queda continuar e atingir um único dígito, setores ligados à economia doméstica podem apresentar bom desempenho.
*Com informações da Veja
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